PP e Republicanos deixam o PL sozinho na tentativa de golpe

Valdemar da Costa Neto não tinha autorização das duas legendas para incluí-las na ação golpista rejeitada por Alexandre de Moraes

Costa Neto não tinha permissão para agir em nome dos dois partidos

O presidente do PL, Waldemar da Costa Neto, não pediu aos comando do PP e Republicanos – integrantes da coligação formada para sustentar a candidatura de Jair Bolsonaro – autorização para ajuizar a ação na qual foi pedida a anulação dos votos computados por mais de 250 mil urnas. Os deputados Claudio Cajado e Marcos Pereira, que presidem os partidos, disseram que não foram consultados sobre o processo e que vão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para reverterem a decisão que bloqueou cotas do Fundo Partidário das duas legendas. Eles entendem que só o PL deve ser responsabilizado.

“Não fomos consultados. Reconheci o resultado publicamente às 20:28 do dia da eleição”, declarou Pereira ao Estadão, mesma linha adotada por Cajado e por Ciro Nogueira, quadro do PP que está no cargo de ministro da Casa Civil, foi na mesma linha. “Não fui consultado e eles falavam em nome do PL e não em nome da coligação”, declarou Claudio.

Para reforçar posição contra o questionamento do PL, o presidente do lembrou que divulgou um vídeo logo após o resultado da eleição de segundo turno. “Tivemos a eleição do ex-presidente Lula. Reconhecemos o resultado. Apoiamos o presidente Bolsonaro até o último minuto, trabalhamos, mas as urnas, o povo escolheu, as urnas são soberanas. Não há porque duvidar do resultado das urnas, não há porque questioná-los”, diz ele na gravação.

O presidente do Republicanos disse ainda que não dá para dissociar a disputa que Lula venceu das outras. “Senão, nós teríamos que questionar a eleição do Tarcísio (eleito governador de São Paulo pelo Republicanos), a eleição do senador Mourão, a eleição da senadora Damares, a eleição do nosso governador, que foi reeleito em primeiro turno lá em Tocantins, Wanderley Barbosa, a eleição dos 41 deputados federais”, enumerou. “Não, o resultado está aí, nós não apoiamos o candidato eleito, mas agora precisamos continuar trabalhando em prol do Brasil”, completou.

(elizeupires,com com informações do Estadão)

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