Ação nesse sentido foi ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral
● Elizeu Pires
O governador do Rio, Claudio Castro e o seu braço direito, o secretário de Governo e deputado estadual reeleito Rodrigo Bacellar, ambos do PL, foram denunciados nesta quarta-feira (14) à Justiça. São acusados de abuso de poder político e econômico, e de conduta vedada a agente público, no âmbito de inquérito que apura o escândalo das contratações esquisitas feitas através do Centro Estadual de Estatística, Pesquisa e Formação de Servidores Públicos do Rio (Ceperj). Pelo que foi apurado, o esquema consumiu R$ 248 milhões, montante gasto com cerca 27 mil pessoas, sendo que muitas delas não frenquentavam os locais de trabalho nos quais foram lotados.
Na ação ajuizada no Tribunal Regional Eleitoral, o Ministério Público Eleitoral pede a cassação da chapa declarada eleita para o governo fluminense e da candidatura de Rodrigo Bacellar. Também são alvos da ação os deputados Max Lemos (estadual eleito este ano para federal), Léo Vieira e Áureo Ribeiro, além de outras oito pessoas, entre elas a irmã de Áureo, a secretária estadual de Cultura Danielle Christian Ribeiro Barros.
“O vasto acervo probatório acostado à inicial evidencia a presença dos elementos caracterizadores dos ilícitos eleitorais de abuso de poder político e econômico, simultaneamente, com a prática das condutas vedadas impondo-se, portanto, a aplicação aos representados das penalidades cassação de seus registros de candidatura e/ou diplomas; da declaração de suas inelegibilidades pelo período de oito anos, a contar deste pleito eleitoral; e, por fim, da aplicação de multa, no patamar máximo fixado pela legislação eleitoral” diz trecho da inicial.
O Ministério Público Eleitoral representou na mesma ação contra o ex-secretário de Esportes Gutemberg da Fonseca, o secretário de Trabalho e Renda, Patrique Welber, o ex-prefeito de Petrópolis Bernardo Rossi, o subsecretário de Habitação, Allan Borges, e o candidato derrotado Marcus Venissius.
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