Preocupação é com desgaste com investigações e denúncias que estariam a caminho
● Elizeu Pires
Marcada para o dia 1º de fevereiro, a posse dos deputados eleitos em outubro poderá surpreender Claudio Castro, não a solenidade, mas o que virá em seguida, a eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa, que está correndo risco de não sair como o governador está esperando.
Isso porque alguns aliados de primeira hora entendem que a escolha de Rodrigo Bacellar (foto) para presidir a Casa pode não ser uma boa opção. O temor dos verdadeiros amigos é de que Castro se torne refém do parlamentar ou acabe se queimando com investigações de denúncias envolvendo o deputado, algumas já conhecidas e outras que estariam a caminho do Ministério Público.
Pelo que se comenta nos ambientes políticos hoje é que o maior risco seria o destempero de um empresário muito conhecido no poder público, quer nos órgãos estaduais como nas prefeituras. Na verdade, o que os aliados defendem é o distanciamento do governador, que, no entender desses, também não deveria bancar a permanência do ex-prefeito Washington Reis na Secretaria de Transportes, pois a nomeação dele teria sido uma afronta à Justiça, por conta de uma condenação a sete anos e dois meses de reclusão em regime semiaberto.
Conforme já foi revelado, Rodrigo Bacellar e Reis ocupam muito espaço no governo. “Em relação ao ex-prefeito de Caxias até dá para entender, pois ele tem votos e é uma liderança de destaque. Mas quanto ao Bacellar, que contribuição ele pode dar, se nem voto tem?”, diz um aliado que vem trabalhando nos bastidores para tentar tirar apoio ao deputado na Alerj.
De acordo com esses aliados, a preocupação com a relação do governador com Bacellar é percebida no próprio Partido Liberal. A legenda conta com 17 cadeiras na Alerj, mas nem todos os deputados estariam remando na mesma direção.
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