Porto Real quer a saída do seu prefeito

Moradores se mobilizam para colher assinaturas e obrigarem a Câmara a agir

Há dias sem aparecer na sede do governo, o prefeito Jorge Serfiotis não estaria nem mais saindo de casa, tal é seu estado de saúde. Entretanto nenhum pedido de licença para tratamento médico foi apresentado à Câmara de Vereadores foi divulgado até agora, o que, na opinião de lideranças locais, visaria impedir que o vice-prefeito Ailton Marques assuma a administração que estaria acéfala. Preocupados com essa situação, moradores da pequena Porto Real, no Sul Fluminense, resolveram se organizar para colher as assinaturas necessárias para sustentar um pedido popular para a saída do prefeito, que, segundo entendem, já está há muito tempo fora de suas atividades regulares da Prefeitura, o que é negado por membros do governo.

O assunto por sinal já foi objeto de denúncia que chegou a ser lida durante uma sessão ordinária há algumas semanas, ocasião em que o presidente do Legislativo, Gilberto Caldas, preferiu rechaçar o documento a dar prosseguimento na denúncia, por essa ter sido apresentada de forma anônima à Casa e ao Ministério Público.  Se o anonimato foi a desculpa encontrada por Caldas para fazer vista grossa a um problema que já se tornou público na cidade, os moradores querem dessa vez colher assinaturas para que o afastamento de Jorge Serfiotis seja votado pelo plenário.

Mas o imbróglio político em Porto Real não se resume ao pedido de afastamento imediato de Serfiotis, o que também deverá ser objeto de uma denúncia ao Ministério Público, já que para muitos moradores o Legislativo municipal seria apenas um despachante do prefeito. Eles querem ainda que seja realizada uma nova eleição na cidade uma vez que o pleito de 2016, segundo eles, teria fortes indícios de fraude em razão do número de eleitores ser maior do que a população, segundo dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por sinal, a presença de eleitores vindos de outros municípios também já era uma suspeita antiga entre os moradores, que a cada pleito relatam a presença de estranhos pedindo informação a respeito dos locais de votação.

A convocação aos moradores está sendo feita através das redes sociais e 18 de julho é a data escolhida para a mobilização.

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