O ex-governador foi absolvido pelo TRF-2
● Elizeu Pires
Condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa pelo juiz Marcelo Bretas, da Lava-Jato no Rio de Janeiro, com base em “delações mentirosas”, conforme sustentou sua defesa, o ex-governador Luiz Fernando Pezão foi inocentado pelo colegiado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), no final da tarde de ontem (12).
Com a decisão tomada nesta quarta-feira, o ex-governador está livre de qualquer condenação, está com seus direitos políticos garantidos e poderá, como ele já havia antecipado ao elizeupires.com, candidatar-se a prefeito de Piraí – município onde iniciou sua vida pública como vereador – em 2024.
A vitória de Pezão representa mais uma derrota para o juiz Marcelo Bretas, que em fevereiro deste ano foi afastado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O magistrado é suspeito de direcionar processos, combinar sentenças e conduzir apurações. “Sempre confiei na Justiça, saímos da espetacularização da franquia da Lava-Jato do Rio de Janeiro”, disse o ex-governador logo após tomar conhecimento de sua absolvição.
Volta às origens – Falando ao elizeupires.com no dia 7 de março deste ano Pezão deixou claro que seu retorno à vida pública só se daria depois de uma decisão do TRF2, e por onde ela teve inicío, Piraí, pequeno município fluminense. Tanto que em janeiro ele recusou convite do governador Claudio Castro para assumir o comando da Secretaria Especial de Integração Metropolitana, recusa, segundo ele, para evitar constrangimentos, uma vez que chegou a ser preso sob a acusação e condenado em primeira instância.
Na entrevista ele citou que não estava inelegível, mas que aguardava uma decisão colegiada para seguir com a carreira política. “Se quisesse poderia ter concorrido a qualquer cargo nas eleições do ano passado, mas preferi aguardar, pois estou condenado em primeira instância (pela 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro). O que quero é ser julgado logo pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, e até entrei com um habeas corpus para que isso aconteça o mais breve possível. Este é meu único processo e espero resolver de uma vez, pois tenho certeza de que serei absolvido, já que não provaram nada do que me acusaram”, disse Pezão ao elizeupires.com antes de entrar para uma entrevista ao jornalista Marlon Brum, no Estúdio B.
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