Ações esquisitas do Detro e Detran são colocadas na conta de políticos

Órgãos estariam intensificando operações em algumas cidades para prejudicar prefeitos

● Elizeu Pires

O Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro) foi criado para fiscalizar a prestação dos serviços pelas empresas que exploram linhas intermunicipais, mas a julgar pelos ônibus velhos que circulam por aí, principalmente nos municípios da Baixada Fluminense, isto é o que menos os agentes do órgão fazem. Também pudera: o que mais se vê na região são operações contra veículos particulares, com direito a reboque e tudo.

Outro órgão que também vem deixando muito a desejar é o Detran, que se ágil para arrecadar é lento na hora de emitir documentos pelos quais cobra elevadas taxas. O Departamento Estadual de Transito do Rio de Janeiro também transformou os exames práticos para conceder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em grande fonte de receita. Tem candidato que chega a ser reprovado até cinco vezes e sai reclamando do humor dos examinadores. Mas a coisa estaria indo além disto, pois, junto com o Detro, o Detran está sob suspeita de uso político para prejudicar potenciais adversários,

Neste fim de semana, a pretexto de inibir a circulação de veículos irregulares, o Detran fez uma mega operação em Japeri, escolhendo para isto o período noturno, durante a festa da cidade, atrapalhando a chegada do público.

Coincidentemente o órgão intensificou suas operações em Japeri depois que o secretário estadual de Transportes Washington Reis e o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, demonstraram interesse pelo município, declarando apoio a dois pré-candidatos a prefeito.

A operação do Detran neste fim de semana foi tão vista como suspeita de ter ocorrido por encomenda que a prefeita Fernanda Ontiveros teve de contatar o govenador Claudio Castro, que mandou parar tudo,

*O espaço está aberto para manifestação dos órgãos citados na matéria.

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Comentários:

  1. Isso é um absurdo estamos perdendo o direito de ir e vir, estamos sendo tratado como bandidos, estão fazendo covardia, isso tem que acabar, o poder público tem que lembrar que samos nós que colocamos eles no pode, para agora fazer isso com a população, estão rebocando em números veículos particulares, o povo tem que acordar.

  2. Ao menos a prefeita de Japeri teve atitude, diferente de outros prefeitos como exemplo ao de Magé, é subserviente e covarde na omissão das abusivas opeações e a máfia do reboque em Magé.

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