PT quer a cadeira do prefeito de Nova Iguaçu

Ideia seria convencer Rogério Lisboa a pedir licença de 180 dias para tratamento médico

O senador Lindberg Farias e o presidente do PT estadual, Washington Quaquá estão em estado de euforia e acreditam que podem ter o controle do município de Nova Iguaçu, o que aconteceria através do vice-prefeito Carlos Ferreira. De acordo com informações recebidas hoje (19) pelo elizeupires.com, o grupo estaria trabalhando para convencer o prefeito Rogério Lisboa (foto), a afastar-se do cargo por até 180 dias, passando a cadeira ao vice. A principal alegação seria a de tratamento médico, mas o argumento velado seria tirar o prefeito da vitrine no momento em que o nome dele aparece no relatório da denúncia do Ministério Público Federal sobre a existência de uma suposta organização criminosa na Assembleia Legislativa, como autor de emendas que, segundo o MPF, “foram encomendas pela Odebrecht”.

De acordo com o documento do Ministério Público Federal, o Projeto de Lei 153/15 foi apresentado e votado às pressas em março de 2015 para substituir uma lei de 2010 que tratava de incentivos fiscais para vários setores industriais. O projeto do Poder Executivo recebeu 107 emendas supressivas e aditivas, tendo chamado a atenção o fato de que várias delas teriam sido encomendas pela Braskem (braço petroquímico da Odebrecht) e aprovadas, todas apresentadas pelo então deputado estadual Rogério Lisboa, eleito em 2014 pelo PR.

Há exatos 323 dias como prefeito da segunda maior cidade da Baixada Fluminense, Rogério Lisboa dificilmente é encontrado na Prefeitura e suas aparições públicas também são raras. Sofre grande rejeição popular, principalmente pelo fato de ter mantido ações que antes condenava, por ainda não ter dado um passo sequer em direção ao cumprimento das promessas que fez durante campanha e por ter loteado o governo para os deputados Walnei Rocha, Luiz Martins e para um grupo egresso de Rio Bonito, que faz a gestão financeira da Secretaria de Saúde.

O prefeito Rogério Lisboa foi contatado hoje para falar sobre o assunto, mas não deu nenhuma resposta nem retornou o contato.

 

Documento relacionado:

Parte do relatório do Ministério Público Federal

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