Dr. Luizinho já está sendo visto como adversário do prefeito Rogério Lisboa por gente que acha que o setor de saúde de Nova Iguaçu jamais deveria ter sido entregue ao grupo do deputado
● Elizeu Pires
Com um aliado desses quem precisa de adversário? É o que pergunta gente preocupada com o prefeito Rogério Lisboa desde que ele entregou, de porteira fechada, a Secretaria Municipal de Saúde ao controle do deputado federal Luiz Antonio Teixeira Junior, o Dr. Luzinho.
O setor, no papel, está sob o comando de Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, que, segundo se comenta nos ambientes de poder em Nova Iguaçu, seria apenas o homem que assina a documentação, principalmente a que resultou na entrega de unidades de grande, médio e pequeno portes para organizações sociais, as manjadas OS que se apresentam como “entidades sem fins lucrativos”, mas faturam alto administrando, por exemplo, o Hospital da Posse, a Maternidade Mariana Bulhões e, daqui para frente, vão gerir, também, o atendimento primário e o Samu, a partir de dois processos de seleção que devem ser concluídos nos próximos dias.
Para os aliados de verdade, a entrega da rede municipal de Saúde ao controle do grupo do deputado Dr. Luizinho foi um verdadeiro tiro no pé disparado pelo prefeito, e as coisas só teriam piorado desde então, só ficando boa mesmo para entidades “sem fins lucrativos” como Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (IDEAS) e o Instituto de Medicina e Projeto (IMP), aquinhoados com contratos sem licitação firmados em março deste ano.
Concluída a entrega, a expectativa é de que o grupo do doutor deixe a Secretaria de Saúde, até porque não muito o que fazer em termos de contratos com as OS e mais nada a terceirizar. Para quem acompanha de perto os acontecimentos no setor, vai restar apenas ossos a serem roídos e um grande batalha, esta a ser iniciada assim que Rogério Lisboa anunciar o nome de quem pretende apoiar na disputa pela Prefeitura, que certamente não será o de nenhum dois que se mostram dispostos a rezar pela cartilha do doutor, os deputados Filipinho Ravis e Carlinhos BNH.
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