Itaguaí: Defesa de Gil Torres rebate acusação de uso de provas ilícitas

Esquema de compra de votos para derrubar presidente da Câmara foi denunciado a partir de áudios captados por um ex-assessor

Siro Darlan cita entendimento do STF para sustentar que as gravações feitas pelo ex-assessor de Torres não não podem ser enquadrados como provas ilícitas – Foto: Arquivo

Advogado de defesa do ex-presidente da Câmara dos Vereadores de Itaguaí, Gil Torres, o desembargador aposentado Siro Darlan rebateu as acusações de uso de provas ilícitas durante a votação que destituiu Torres do cargo, na última terça-feira (17). De acordo com Darlan, o uso das gravações feitas pelo ex-assessor de Torres, Jean Michel, não podem ser enquadrados como provas ilícitas, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Desde 2009, a escuta ambiental é considerada prova lícita pelo STF. Decidida em repercussão geral, o tribunal reputa lícita a prova que consiste em uma gravação ambiental feita por um dos interlocutores mesmo que sem o conhecimento do outro”, explica o advogado.

As gravações indicam uma suposta compra de votos para tirar Torres da presidência da Câmara. Segundo o advogado de defesa do parlamentar, cada voto teria custado R$ 300 mil, pagos pelo prefeito da cidade, Rubem Vieira de Souza, o Rubão.

Opositores afirmam que o fato de não haver uma autorização judicial para a gravação e os áudios não terem passado por uma perícia técnica especializada para comprovar sua veracidade colocam em xeque o argumento da defesa do parlamentar.

Na tarde desta sexta-feira (20), Gil Torres e o ex-assessor Jean Michel solicitaram proteção policial ao governador Cláudio Castro e ao secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires. Esse é o segundo pedido de Torres, que em maio teve o carro perseguido e atingido por oito tiros.

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Comentários:

  1. Sempre houve corrupção, porém as coisas está tomando proporção Altíssima aqui em nosso município. Que o Senhor proteja Itaguaíe seus munícipes.

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