Sem nomes próprios competitivos em várias cidades fluminenses PL tenta atrair políticos de outros partidos, mas começou a ficar difícil

● Elizeu Pires

Atualmente no MDB, o ex-prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Balthazar, já está praticamente no PL. Com quatro mandatos de vereador e três de prefeito, ele foi convidado pelo deputado Altineu Cortes a filiar-se ao partido e deverá assinar a ficha tão logo a janela partidária seja aberta.

As cooptações por parte do Partido Liberal têm acontecido em várias cidades onde a legenda não conta com nomes competitivos, mas alguns dos já filiados, apesar da inexpressividade individual, tem tentando dificultar a entrada de nomes de maior peso, como se o mar, na legenda, estivesse para peixe, principalmente depois da operação realizada pela Polícia Federal na quinta-feira (8), que acabou encontrando cópia de uma minuta golpista na sede do partido e levando o cacique deles, Valdemar Costa Neto, em cana por ter uma arma ilegal em casa.

Para observadores mais atentos, os “donos” do PL estão empolgados com o resultado de consultas que mostram a grande força da direita, mas cometem o erro de misturar as coisas, confundindo direita com extremismo ou bolsonarismo, o que sãos coisas muito diferentes, além de acharem que estão acima do bem e do mal. Essa confusão mental que afeta os extremistas, entendem os mais atentos, acaba dificultando a chegada dos nomes de direita de pés no chão, aqueles que não pregam uma terra plana e não conversam com extraterrestres, e poderiam somar para o partido exatamente pelo equilíbrio político-emocional.

A situação é menos complicada em alguns municípios da Região Metropolitana, exemplo de Itaboraí, São Gonçalo e São João de Meriti, onde a legenda tem nomes fortes. Nos dois primeiros os atuais governantes vão tentar a eleição, e em Meriti, município governado por João Ferreira Neto, o Dr. João, o pré-candidato do PL é o deputado Valdeci da Saúde, mas em outras cidades grandes como Duque de Caxias, Belford Roxo e Nova Iguaçu, o partido só tem o que é chamado de “café pequeno”, e a solução seria compor para ganhar algumas secretarias ou indicar o vice de alguma chapa.

O PL está de olho em dois gigantes em arrecadação de royalties do petróleo, mas ganhar uma eleição em Maricá e Niterói com um nome próprio é tido como sonho quase impossível. Em Maricá, o partido estaria cogitando lançar o prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli para enfrentar o petista Washington Quaquá, mas os mais sensatos o desaconselham a correr o risco, lembrando o fato de que, em 2020, Marcelo não teve coragem de enfrentar o prefeito Fabiano Horta, “cria” de Quaquá, e correu para a cidade vizinha

Já em Niterói. O deputado Carlos Jordi – alvo de buscas na 24ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federa na semana passada – é o pré-candidato do PL, mas pelo que dizem por lá, ele também é considerado “café pequeno” diante de um Rodrigo Neves, por exemplo.

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