● Elizeu Pires
Desde que o chefe do clã, Washington Reis (MDB), passou a governar o município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que o sobrenome Reis tem figurado frequentemente no noticiário, em muitas das vezes de forma negativa.
O deputado Gutemberg Reis (MDB), irmão do ex-prefeito e atual secretário de Transportes, foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público, no caso da falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.
Guntemberg foi indiciado junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e a PF descobriu que o responsável pela inserção dos dados falsos no sistema ConectSus sobre as doses de vacina contra a covid-19 “aplicadas” no ex-presidente e na filha mais dele, teria sido o então secretário de Governo João Carlos Brecha, homem de confiança da família Reis.
Brecha foi preso no dia 3 de maio de 2023 em operação da Polícia Federal, realizada no âmbito das investigações que apontam para um suposto esquema criminoso de fraude na vacinação. Pelo que foi apurado João Carlos, que nunca ocupou cargos no setor de Saúde, teria feito mais de 60 inserções de dados do sistema para gerar certificados de imunização.
Na época em que os dados falsos foram inseridos na rede do Ministério da Saúde, Brecha, além do cargo de secretário de Governo, respondia interinamente pela Secretaria de Cultura e Turismo. Quem comandava a Saúde no município no período era o oftalmologista Daniel Carvalho Puertas de Souza, que não teve o nome citado no escândalo.
As investigações apontam que foi Brecha teria inserido no ConecSUS a informação de que Bolsoraro ter teria tomado a 1ª dose no dia 13 de agosto de 2022, e a 2ª dose no dia 14 de outubro de 2022, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias mas o próprio ex-presidente já disse que não foi vacinado contra a covid-19.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
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