Secretário de Caxias apontado como responsável pela inserção de dados falso sobre vacinação nunca teve cargo na Secretaria de Saúde

● Elizeu Pires

Preso na última quarta-feira (3), em operação da Polícia Federal, realizada no âmbito das investigações que apontam para um suposto esquema criminoso de fraude na vacinação contra convid-19, envolvendo, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro, o secretário de Governo de Duque de Caxias, João Carlos Brecha, nunca ocupou cargos no setor de Saúde, mas, segundo foi apurado pela PF, fez mais de 60 inserções de dados do sistema para gerar certificados de imunização.

Na época em que os dados falsos foram inseridos na rede do Ministério da Saúde, Brecha, além do cargo de secretário de Governo, respondia interinamente pela Secretaria de Cultura e Turismo. Quem comandava a Saúde no município no período era o oftalmologista Daniel Carvalho Puertas de Souza, que não teve o nome citado no escândalo.

As investigações apontam que foi João Carlos quem inseriu no ConecSUS a informação de que Bolsoraro ter teria tomado a 1ª dose no dia 13 de agosto de 2022, e a 2ª dose no dia 14 de outubro de 2022, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxiasm mas o próprio ex-presidente já disse que não foi vacinado contra a covid-19.

A gestão do prefeito Washington Reis teve três secretários na pasta da Saúde. O primeiro foi José Carlos de Oliveira, substituído em fevereiro de 2021 por Antonio Manoel de Olveira, que antecedeu Benito Acetha, que saiu para a entrada de Daniel Puertas. Hoje quem comanda a secretaria é a médica Célia Serrano da Silva.

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