Escolha de relator dá a deputada investigada por suposto envolvimento com milicianos no Rio esperanças de salvar o mandato

● Elizeu Pires

Aliados da deputada Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD) – alvo da Operação Batismo, realizada pela Polícia Federal e o Ministério Publico do Estado do Rio de Janeiro no âmbito de inquérito que apura a suposta participação dela em esquema para beneficiar a milícia chefiada por Zinho – recebeu com certa esperança a escolha do deputado Filipinho Ravis (Foto) como relator do processo aberto pela Conselho de Ética da Assembleia Legislativa contra ela.

A escolha de Ravis, que tem base na Baixada Fluminense, foi confirmada na última quarta-feira (3), e os membros do conselho têm 120 dias prazo para apresentar um relatório, que pode resultar ou não da cassação do mandato da parlamentar, final que dependerá muito da forma que o processo for conduzido por eles.

Presidido pelo deputado Júlio Rocha (Agir), o Conselho de Etica tem como membros Martha Rocha (PDT), Jorge Felippe Neto (Avante), Felipinho Ravis (Solidariedade), Dani Monteiro (PSOL), Renato Miranda (PL), Cláudio Caiado (PSD), mas foram convocados também os suplentes Dionísio Lins (PP) e Andrezinho Ceciliano (PT).

“Madrinha” – A Operação Batismo foi feita no dia 18 de dezembro de 2023, quando os agentes Polícia Federal apreenderam duas pistolas e cerca de R$ 140 mil na residência da deputada. O nome da operação foi escolhido porque as investigações apontaram que Lucinha  era chamada de “madrinha” por membros da milicia comandada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em junho de 2021.

Segundo as apurações, a deputada teria atuado para soltar presos em flagrante e agido politicamente para trocar o comando do 27º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, o que Lucinha nega.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

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