Depois de cai no canto da sereia e aceitar presidir a Câmara, parlamentar defensor do governo ficou a ver navios

● Elizeu Pires

Conforme já fora revelado, o agora ex-vereador Elerson Leandro Alves estava quietinho em seu mandato até cair no canto da sereia entoado pelo prefeito Glauco Kaizer, que o convenceu a lançar-se à presidência Câmara Municipal, em 2022.

Amigo de fé e irmão camarada do prefeito, Elerson foi eleito com muita facilidade para comandar o Legislativo, já que o governo contava com apoio de pelo menos 11 dos 15 membros da Câmara.

Ontem (2), a casa caiu para Elerson, com a conclusão de um processo iniciado em novembro do ano passado, quando ele foi retirado do cargo de presidente e afastado do mandato temporariamente. Nesta quinta-feira sua cassação foi definida em plenário e contra ele votaram até os aliados de antes, aqueles que sempre disseram amém para o prefeito.

Elerson foi eleito pelo bloco do governo e agora cassado com votos da situação e oposição, mas o pior de tudo é que parece não ter aprendido a lição, pois mesmo sabendo que Glauco não estava movendo uma palha para ajudá-lo, continuou batendo palmas para ele.

Aliados e adversários se uniram para empurrar tudo em Elerson. Ao todo foram instauradas três comissões processantes para investiga-lo, uma delas por suposto nepotismo, outra pelo não cumprimento do prazo estabelecido pela lei para apresentação das emendas ao orçamento do município e ma terceira por suposta quebra de decoro parlamentar.