Jogo sujo toma conta da campanha em Mangaratiba

Notícias falsas são espalhadas via redes sociais para confundir os eleitores que no dia 28 desde mês voltarão às urnas para eleger um novo prefeito

 

Daqui a exatos 10 dias os mais de 36 mil eleitores inscritos na 54ª Zona Eleitoral – junto com a votação em segundo turno para governador do Rio e presidente da República – voltarão às urnas para eleger novos prefeito e vice no município de Mangaratiba. O pleito suplementar foi decidido após a cassação de Aarão Neto, eleito em 2016, por práticas ilegais durante a campanha. A Prefeitura está sendo disputada por quatro candidatos e o que se esperava como disputa limpa tornou-se uma batalha suja, com notícias falsas espalhadas nas redes sociais. O alvo principal tem sido o candidato do PSDB, Alan Bombeiro, que esta semana voltou a ser vítima de fake news, com a alteração de um texto do elizeupires.com, endereçando a Alan apoio inexistente do prefeito cassado e de um empresário do setor de coleta de lixo. O postulante do PSDB já encaminhou denúncias às autoridades, fez um registro na 165ª Delegacia Policial e as responsabilidades estão sendo apuradas.

Além de Alan Bombeiro estão concorrendo ao cargo de prefeito Emil Crokidakis (PSOL), Evandro Resende (PP) e Cledson Barbosa (Rede). O PDT também estava na disputa com Vitor Tenório dos Santos, o Vitinho, que chegou a assumir interinamente a Prefeitura, mas foi afastado pela Justiça, que, inclusive, decretou a prisão dele.

Vítor, junto com o vereador Edison Ramos e do ex-presidente da Câmara Pedro Bertino Jorge Vaz foram denunciados pelo Ministério Público por dispensa indevida de licitações e desvio de recursos públicos na contração de viagens para vereadores e servidores da Casa para supostamente participarem de cursos, seminários e convenções em cidades turísticas do Nordeste, um esquema que consumiu mais de R$ 17 milhões dos cofres públicos.

O município de Mangaratiba teve quatro quatro prefeitos em menos de três anos e no dia 28 de outubro vai eleger o quinto. Alem das fake news há o temor de que a livre escolha – garantida pelo estado democrático e de direito – seja prejudicada pela máquina administrativa e pelos esquemas de compra de votos tão denunciado em passado recente em regiões com histórico do uso da força e de ameaças.

 

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