De nome imposto para prefeito a “estrangeiro” nominata, são muitos os motivos de insatisfação
● Elizeu Pires
Desde que o deputado Lindberg Farias empurrou goela abaixo de boa parte dos membros do partido em Nova Iguaçu um nome sem vínculo ou qualquer identidade com a legenda, que os desentendimentos têm aumentado no PT.
Mas não está apenas a escolha de Antônio Araújo Ferreira, o Tuninho da Padaria, apontado como “inexpressívo”, politicamente falando, a causa disso.
O mais recente motivo de divisão seria a presença de um cidadão ligado ao ex-deputado Felipe Bornier no ambiente petista. Membros da legenda deixam escapar que a pessoa estaria dando pitacos na formação da nominata, o que é muito sério, pois há anos que o Partido dos Trabalhadores não ocupa uma cadeira na Câmara de Vereadores.
O fato é que o último vereador eleito pelo PT em Nova Iguaçu foi Carlos Ferreira, em 2012. Ferreirinha compôs a chapa como vice de Rogério Lisboa em 2016, foi alijado em 2020, ano em que o PT repetiu o fracasso do pleito anterior nas eleições proporcionais.
Depois de passar uma temporada fora da legenda, Ferreirinha retornou ao partido e poderá, se não tiver o nome barrado pelo novo “dono” do PT local, concorrer a vereador, disputando ao lado de Douglas Mucciolo, por exemplo, ex-secretário de Serviços Públicos, que busca uma chance de sentar-se numa cadeira no Poder Legislativo.