● Elizeu Pires
Com 201.611 eleitores aptos ao voto no pleito de 2024, o município de Magé, na Baixada Fluminense, poderá ter, pela primeira vez, eleição majoritária em dois turnos, caso nenhum dos concorrentes consiga mais que 50% dos votos válidos no primeiro. Essa, entretanto, é a única novidade, pois o mesmo do mesmo tem se repetido a cada pleito: nomes se lançando, mas é de olho, quem sabe, em um mandato de deputado dois anos mais tarde.
A fase de pré-campanha terminou com a realização das convenções partidárias, e o período que se encerrou nem chegou a ser morno. Os dois principais postulantes ao cargo de prefeito, asseguram por lá, são o atual governante, Renato Cozzolino Harb (PP) e Ricardo Correa de Barros, o Ricardo da Karol, que já esteve no PSB, passou rapidamente pelo PDT e agora está no PL.
Até o início do ano achava-se que Ricardo teria o empresário José Augusto Nalin como companheiro de chapa, mas para conseguir a vaga no Partido Liberal teve de aceitar certas imposições, e Nalin, que passou um período curto em Brasília como suplente em exercício de mandato, sonha com uma cadeira de deputado, assim como o próprio Ricardo da Karol. O problema é que os dois precisam se ater aos números das urnas e aprender com eles, tomando como base os dados de 2022, quando o atual prefeito, com seus dois candidatos (Dr. Luizinho e Vinícius Cozzolino) deu um banho na dupla.
O que disse as urnas em 2022 – Os números de 2022 foram extremamente negativos para Nalin que, concorrendo para deputado federal, contou apenas 6.649 votos em Magé, ficou como oitavo suplente do PSD, obtendo, no total, 18.109 votos.
Em relação a José Augusto chama a atenção o fato de ter contado naquele ano com uma estrutura bem superior a do ciclista Carlos Henrique Rio Lemos, o Boneco, que somou 8.126 votos nas duas zonas eleitorais do município, mesmo Nalin tendo R$ 1.099 milhão para gastar na campanha (sendo R$ 679 mil do fundo partidário) e Boneco apenas R$ 250 mil depositados pelo Podemos em sua conta de campanha.
Quanto a Ricardo da Karol, que tentou um mandato de deputado estadual, os números de 2022 também não foram animadores. Ele teve 3.742 votos na 110ª Zona Eleitoral, onde Vinícius foi somou 28.737. Na 148ª Ricardo chegou a 5.925 votos e Vinícius 27.918.