Primeiro suplente, o ex-deputado trocou a legenda pelo PL e agora quer voltar ao ninho para assumir vaga na Alerj
● Elizeu Pires
Dez dias antes da abertura da janela partidária, o primeiro suplente de deputado estadual pelo PDT, Ricardo Correa de Barros, o Ricardo da Karol (foto), deixou o partido para ingressar no PL, acreditando que a legenda 22 agregaria alguma coisa à sua candidatura a prefeito de Magé. Só que não somou nada. Mesmo se apresentando como o nome apoiado pela família Bolsonaro ele foi massacrado nas urnas, obtendo apenas 8,56 % dos votos, e agora está tentando voltar à casa antiga.
É que o prefeito Eduardo Paes está querendo a deputada Martha Rocha em seu governo e caso ela aceite uma secretaria será aberta uma vaga na Alerj, e esta, em tese, teria de ser ocupada por Ricardo. Só que o corpo jurídico do PDT acha que a coisa não é bem assim, entendendo que Ricardo perdeu a condição de suplente assim que deixou a legenda sem esperar pela janela partidária.
Na verdade, o PDT quer é que o segundo suplente Walderson Nogueira – que disputou a Prefeitura de Nova Friburgo – sente na cadeira de Martha, o que deverá levar Ricardo da Karol a apelar para a Justiça para ocupar a vaga, caso fracasse uma tentativa de acordo para o seu retorno ao Partido de Democrático Trabalhista e assumir na Alerj.
Repeteco – Se tiver que judicializar a questão essa não ser a primeira vez que ele terá de brigar por uma cadeira de deputado na Justiça. Em 2021 ele teve de brigar pela vaga aberta na Câmara dos Deputados com a eleição de Wladimir Garotinho para a Prefeitura de Campos.
Primeiro suplente do extinto PRP, Ricardo assumiu a vaga em fevereiro de 2021, quando estava filiado ao PSC, e virou alvo de uma ação movida pelo Patriota, que por ter incorporado o PRP achou que tinha direito a vaga deixada por Wladimir pelo fato de Ricardo ter optado pelo PSC, em vez de filiar-se ao Patriota.
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