É o que perguntam lá pelas bandas de Itaguaí
Que o ex-prefeito Rubem Vieira de Souza, o Rubão, entrou na disputa por um terceiro mandato consecutivo sabendo que seria barrado pela Justiça ninguém em Itaguaí duvida, assim como acreditam por lá que a intenção seria tumultuar o processo eleitoral e arrumar um jeito de permanecer no poder, ainda que indiretamente, por meio de um prefeito interino.
O que Rubão, ao que parece não imaginava, é que o aliado de ontem hoje iria rezar pela própria cartilha, começando a gestão temporária focado em imprimir uma marca própria, se colocando, na prática como adversário, talvez mirando o pleito suplementar que está se desenhando.
Pelo menos é isso que os observadores mais atentos à política local estão enxergando nas ações do prefeito interino Haroldo de Jesus – que demitiu mais de mil logo nos dois primeiros dias de atuação, suspendeu contratos e pagamento – e ontem (9) emitiu nota oficial desmentindo seu apoiadoe.
De acordo com a gestão interina, o ex-prefeito divulgou que deixou R$ 100 milhões nas contas da Prefeitura no dia 31 de dezembro, seu último dia de mandato, mas “o novo governo verificou que a disponibilidade financeira para pagamento do salário (de dezembro) dos servidores era de cerca de R$ 5 milhões”, quando “são necessários R$ 43 milhões”.
Quanto a isso o ex-prefeito deu o troco afirmando que nunca houve atraso de salários em sua gestão e culpa o próprio Haroldo pela situação. Segundo Rubão, o motivo do atraso dos vencimentos de dezembro teria sido causado pela demissão em massa, da qual não escapou o pessoal que cuidava da folha de pagamento.
Em sua nota a gestão interina diz que “o primeiro entrave para a efetivação do pagamento (dos servidores) foi a falta de transição de governos, que gerou dificuldades técnicas e operacionais devido a contextos específicos inevitáveis”.
Diz ainda que “servidores ficaram impossibilitados de operar nas contas bancárias da Prefeitura por questão de configuração de acessos a senhas e demais informações bancárias”, e que “a Prefeitura não teve acesso às contas bloqueadas por questões de configuração e registro de novos servidores que passariam a executar as tarefas de operação bancária.
“Após levantamento, o governo interino notou que não havia os R$ 100 milhões anunciados pelo governo anterior”, destaca a nota, limitando-se a informar o que estava disponível para a folha de pagamentos, nada revelando sobre o total encontrado nas contas.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria