Haveria alguém por trás da extorsão ao prefeito de Porto Real?

Empresários denunciados estariam cobrando dívida da campanha de 2016

 

De onde saíram os R$ 2 milhões que supostamente teriam sido repassados para a campanha do prefeito eleito em Porto Real no pleito de 2016, por um grupo acusado de tentativa de extorsão contra o atual gestor do município, Ailton Marques, vice na chapa de Jorge Serfiotis, falecido em junho de 2017? Esclarecer se faz necessário para saber se haveria mais alguém por trás das operações de cobrança da suposta dívida, feitas em abril e maio deste ano, inclusive com homens armados chegando de helicóptero à cidade. Consta que dois dos envolvidos são donos de empresas em Duque de Caxias, uma do ramo ambiental e duas de transporte. Porém, a julgar pelo capital social delas, o grupo não teria tanto dinheiro assim…

No mês passado a Justiça decretou as prisões preventivas de Adriano Serfiotis – filho do ex-prefeito e irmão do deputado federal Alexandre Serfiotis –, Halysson Guilber Muri de Freitas, Michael Cardoso Santana e Rodrigo Costa Caldeira, acusados de pressionarem o prefeito Ailton Marques a pagar a tal dívida de campanha, segundo o próprio Ailton relatou.

Halysson aparece como dono da AGM Ambiental, com sede na Avenida Carmem Miranda, S/N, Quadra24 Lote 25, Chácaras Rio – Petrópolis, Duque de Caxias, com capital social de R$ 150 mil, enquanto Rodrigo tem duas empresas sediadas em um único endereço (Rua Conde de Porto Alegre, 119, Sala 702, Jardim 25 de Agosto, Duque de Caxias), a Transportes Primus Santana e Transportes Asss, com a soma de R$ 120 mil em capital social, segundo consta de cadastro junto à Receita Federal.

Como foi – Pelo que foi apurado até agora, o prefeito foi chamado no dia 24 de abril ao escritório de Adriano Serfiotis para uma reunião, tendo encontrado no local, além de Adriano, cinco homens armados. Segundo o próprio Ailton relatou, o grupo estava lá para cobrar uma dívida de R$ 2 milhões, soma que estaria relacionada a campanha do ex-prefeito Jorge Serfiotis.  

Depois desse encontro o grupo voltou à Porto Real. Os quatro homens chegaram de helicóptero numa tentativa de intimidar o prefeito. A polícia foi acionada e eles foram levados para prestar esclarecimentos na Delegacia local e liberados em seguida. Só que o caso já estava sendo investigado pelo Ministério Público.

Prisão – Com base nas investigações o Ministério Público pediu as prisões preventivas de Adriano Serfiotis, Halysson Guilber Muri de Freitas, Michael Cardoso Santana e de Rodrigo Costa Caldeira, mas somente Adriano foi preso. Os outros três são considerados foragidos, mas mesmo assim seus advogados vêm tentando suspender o decreto de prisão. Em relação a Adriano Serfiotis o Tribunal de Justiça negou, no último dia 2, o habeas corpus pedido pela defesa.

 

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