● Elizeu Pires

As eleições só vão acontecer daqui a 19 meses, mas Nova Iguaçu, segundo maior colégio eleitoral da Baixada Fluminense, está efervescente.
Tem gente que não chegou a mil votos para vereador em 2024, mas já se apresenta como pré-candidato a deputado, parte anunciando dobradinha com um político sempre muito generoso nas campanhas, embora nunca tenha vencido uma disputa e esteja em situação de inelegibilidade.
Com 23 vereadores, a Câmara da cidade deve ter hoje pelo menos uns 10 pretendentes a uma vaga na Assembleia Legislativa. Com Brasília ninguém de lá se atreve a sonhar pelo menos por enquanto, mas o fato é que em todo município exista hoje – a um ano e sete meses das eleições – mais de 100 pré-candidatos a deputado, a maioria esmagadora se oferecendo, na verdade, como meros cabos eleitorais para os deputados federais de dentro e de fora do município.
De acordo com a última atualização feita pela Justiça Eleitoral em 10 de março de 2025 o município 617.736 eleitores, uma força política suficiente para formar uma significante bancada, mas isso não acontece, segundo gente que entende do assunto, por dois motivos: muitos cabos eleitores trabalham para políticos de fora, e o excesso de candidaturas inexpressivas, que acabam atrapalhando quem realmente tem chance de ser eleito.