● Elizeu Pires
Dias depois de o “dono” do MDB fluminense anunciar – mesmo encontrando-se hoje em situação de inelegibilidade – que pretende disputar o governo estadual em 2026, o vice-governador Thiago Pampolha foi aprovado para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado e, com pressa de assumir renunciou ontem (21) ao mandato e já sentou logo na cadeira de conselheiro.
A indicação que, ninguém tem dúvida, foi um jogo de mestre costurado pelo governador Claudio Castro e o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, um xeque-mate em Washington Reis, que agora vai ter de trabalhar muito para fortalecer a legenda, se quiser – como realmente pretendeu dizer quando lançou-se à sucessão de Castro – emplacar o vice numa chapa, e essa, para ele, tanto faz se encabeçada por Bacellar ou Eduardo Paes, já que Reis se acha tão forte que poderia decidir uma eleição só com uma declaração de apoio.
Costura – Para quem entende da alta costura política, se não quiser passar os próximos anos falando sozinho pelos cantos e chorando suas pitangas lá em Xerém, Washington Reis terá de correr contra o tempo e trabalhar duro para reforçar o MDB, com pelo menos três nomes de peso que hoje estão no PP, e sendo “paquerados” por outros partidos.
São os prefeitos de Campos e Magé e do ex-prefeito de Nova Iguaçu, nomes que hoje são vistos como potenciais candidatos a vice-governador, mas um deles não embarcaria com Bacellar, a quem não apoiaria de jeito maneira. Wladimir Garotinho é fã de carteirinha de Eduardo Paes e com esse caminharia tranquilamente.
Ainda suscetíveis a um bom papo, Renato Cozzolino (reeleito com quase 90% dos votos e Rogério Lisboa (que saiu do governo com índice de aprovação em mais de 70% e fez o sucessor logo no primeiro turno), poderia com chapa com um ou outro, pois não desperdiçariam a chance de serem vice-governador do estado do Rio de Janeiro
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria.
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