● Elizeu Pires

Há tempos que o governador Claudio Castro vem sendo aconselhado a “abrir os olhos” com o secretário de Transportes, o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (foto), figura olhada atravessado por 9 entre cada 10 integrantes do primeiro time do Palácio Guanabara, mas Castro foi dando asas a cobra e a coisa chegou onde chegou.
A polêmica da redução das tarifas de ônibus, trem e metrô deixou claro o que só o governador não quer ver: Reis resolveu jogar para a plateia, levando Claudio Castro àquela situação do se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Se o decreto da redução for assinado o secretário leva um troféu para casa. Se não, empata o jogo e se classifica para a final, pois está claro que Washington quer é sair de maneira honrosa (se há honra nisso), para escancarar apoio a Flavio Bolsonaro para senador, o que certamente só pretenderia fazer no segundo semestre de 2026.
Reis está inelegível e blefa quando diz que será candidato a qualquer coisa nas próximas eleições. Nunca pensou em apoiar Rodrigo Bacellar, e sabe que Eduardo Paes não precisa dele para nada. Então fica jogando com um e outro, como vem fazendo com o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), que se cair na besteira de acreditar em Reis e filiar-se ao MDB, pode perder a chance de compor como vice de alguém.
Se a coisa está ruim, alerta gente influente da política fluminense, tende a piorar muito se o governador não bater logo na mesa e exonerar aquele que sempre jogou contra o time do qual deveria vestir verdadeiramente a camisa.