● Elizeu Pires

Um vereador, ao fim do mandato, não faz transição, pois não é ele quem dá posse ao futuro ocupante da cadeira que estará deixando. Encerra sua participação no dia 31 de dezembro do ano em que ocorreu a eleição que marcou o fim de sua estada na Câmara e ponto final.
Entretanto, em Santana de Cataguases, no interior do estado de Minais Gerais, uma das menores cidades do pais, com cerca de 3600 habitantes, as coisas parecem ser diferentes.
Pelo menos é o sugere o fato de seis dos nove membros da Casa e mais dois assessores, terem recebido diárias de R$ 2.184,42para participarem de um curso em Belo Horizonte, sobre exatamente isso: “encerramento e transição de mandato”, realizado em outubro do ano passado.
Aliás, durante o ano de 2024, a Câmara da minúscula Santana de Cataguases gastou R$ 108 mil em diárias, a maior parte disso para seus membros irem se “aperfeiçoar” em Belo Horizonte, com para cursos que teriam acontecido em janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, outubro e novem. Os únicos meses sem registro de viagens de vereadores foram agosto e setembro, período de campanha eleitoral.
Ao todo, os pagamentos de diarias feitas entre janeiro 9 de junho de 2025 somaram mais de R$ 95 mil e esse tipo de gasto em 2023 passou de R$ 74 mil.
*O espaço está reservado para manifestação da Câmara Municipal de Santana de Cataguases
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