Coisas da política em Itaguaí: “Com uma oposição dessas, o prefeito nem precisa de aliados”, dizem por lá

● Elizeu Pires

Até agora Rubão está vencendo a queda de braço e os opositores caindo no ridículo. Enquanto isso a cidade parada, esperando o desfecho final – Foto: Reprodução

Alvo de uma comissão processante instalada na Câmara de Vereadores com o objetivo de lhe cassar o mandato, o prefeito de Itaguaí, Rubem Vieira de Souza, o Dr. Rubão (Podemos), deve estar rindo de orelha a orelha, mesmo diante da expectativa do julgamento de um processo que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode lhe tirar a cadeira.

É que ultimamente, entre seus adversários no Poder Legislativo, vem acontecendo uma trapalhada atrás da outra, com gafes jurídicas e inconfidências vazadas em áudio com conversas entre eles mesmos, comprometendo a legitimidade com um clima de imparcialidade e falta de isenção.

Depois da conversa entre Haroldinho e o ex-secretário de Segurança Roberto Lúcio Guimarães, o Robertinho, que revela que uma trama poderia ser armada contra Rubão, como “plantar” cocaína no carro do prefeito, está semana vazou mais uma, envolvendo o mesmo ex-secretário. Em áudio divulgado com exclusividade pelo portal Diário do Rio, Robertinho fala que iria pedir que sua esposa, Raquel Segundo (vereadora eleita no Podemos, mesmo partido de Rubão), dizer que teria sido assediada pelo vereador Sandro da Hermínio, do bloco que apoia o prefeito na Casa, e para sustentar a história estava sendo esperada para a última terça-feira (19) uma representação contra o vereador Sandro, o que não aconteceu. A intenção seria provocar uma “arregada” por parte de Sandro.

Na mesma gravação, Roberto diz que é “mente do mal” e que após Raquel chamar a atenção na rua, com a acusação de assédio, Sandro oderia pedir para “mudar de lado”.

Gafe jurídica – No mesmo dia em que a nova gravação foi vazada surgiu mais uma notícia que está provocando gargalhadas não só no gabinete do prefeito, mas também nos meios jurídicos: análise de um mandado de segurança impetrado 1ª Vara Cível da cidade para suspender os trabalhos da comissão processante apontou que no processo iniciado na Câmara para cassar o prefeito teria sido usado inteligência artificial.

Conforme a jornalista Berenice Seara revelou ontem (20), com exclusividade, o juiz Adolfo Vladimir Silva da Rocha confirmou que parte substancial das decisões que motivaram o processo “amparou-se em suposta jurisprudência constitucional e infraconstitucional que, após consulta direta aos cadastros oficiais dos tribunais, não existe ou foi adulterada”. Em seu despacho o magistrado citou que “a gravidade do caso é indisfarçável, indicando possível utilização de ferramentas de redação artificial sem a verificação mínima de autenticidade”.

Na decisão que determina que os trabalhos da comissão processante sejam recomeçados do zero, fica a sugestão de que os Fabinho Taciano, Adilson Pimpo (ambos do PP) e Nando Rodrigues (PDT), membros da comissão, teriam usado “inteligência artificial e citaram decisões judiciais anteriores que, simplesmente, não existem”.

Fraude – No mandado de segurança a defesa do prefeito sustentou que os vereadores rejeitaram as provas apresentadas em favor de Rubão, usando como justificativas baseadas em decisões judiciais inexistentes. Nesse ponto o juiz da 1ª Vara considerou que “negar provas da defesa com base em fundamentação inexistente torna a gravidade do caso indisfarçável”.

Para o prefeito, o grupo de oposição a ele na Câmara que tomar o poder a todo custo. “É uma fraude feita pela câmara para tentar cassar o meu mandato. eles querem tudo pelo poder e por isso eles criam uma comissão processante falsa para poder achar que o plenário é soberano que pode caçar a qualquer preço e a pressa para caçar a qualquer preço Comete esses erros cada dia inventando uma nova aonde a Justiça tá respondendo à altura”, disse Rubão.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria