Vilela volta ao cargo e abre o verbo: “Se tivesse atendido às demandas daquele grupo antidemocrático não sairia afastado e sim preso”

Carlos Vilela afirmou que não vai ceder a pressões da Câmara de Vereadores – Foto:Divulgação

Quem ouviu o discurso feito no início da noite desta sexta-feira (11) pelo prefeito Carlos Vilela, pode ter chegado a conclusão de que os nove vereadores que o afastaram do cargo de forma vista como ilegal, não erraram apenas no ato, mas, ao que tudo indica, em possíveis pedidos não republicanos ao governo.

Falando para dezenas de pessoas que o recepcionaram em seu retorno à Prefeitura, Vilela mandou ver. “Eles não respeitaram os mais de 43 mil eleitores que votaram em mim. Se juntaram e votaram de um dia para o outro o meu afastamento de forma ilegal. Para afastar um prefeito, precisa ter pelo menos 2/3 dos votos e não teve. Tentaram jogar meu nome na lama, mas fui exaltado por Deus e eles estão sendo humilhados pela sociedade”, disse.

Como o elizeupires.com já noticiou, por nove votos a seis a Câmara Municipal decidiu pelo afastamento cautelar do prefeito, posição tomada na mesma sessão em que foi aprovada a formação de uma comissão para investigar suposto ato de improbidade administrativa no atraso de repasses das contribuições ao fundo previdenciário do servidores municipais. Dos parlamentares que tomaram a decisão cinco exerciam mandato na legislatura passada, período em que o município era governado pelo hoje deputado estadual Max Lemos.

Estavam na Câmara na época Adriano Morie, Antonio Almeida, Getúlio de Moura, o Tutu, Nilton Moreira e Wilson Sampaio, o Wilsinho de Três Fontes, mas estes vereadores que se juntaram a outros quatro esta semana para afastar o atual prefeito, deixaram passar batidas graves irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado em relação ao próprio fundo de pensão dos funcionários e na contratação – sem licitação – de uma organização social para atuar no setor de saúde, com contratos que somaram mais de R$ 70 milhões.

A decisão da Câmara de Vereadores foi suspensa por liminar concedida pelo juiz da 1ª Vara Cível de Queimados, Luís Gustavo Vasques, que determinou o pagamento de multa de R$ 100 mil se a liminar não fosse respeitada.

“Tentaram sujar meu nome. Sou um homem honrado e honesto. Se tivesse atendido às demandas daquele grupo antidemocrático (vereadores que votaram pelo afastamento relâmpago), não sairia afastado e sim preso. Não vou ceder às pressões”, afirmou Vilela.

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