A batalha dos números no mercado da ilusão política na Baixada: pesquisas de consumo interno inibem pré-candidaturas e afastam apoiadores

Para que entende da política como ela verdadeiramente é, “tem muita gente embarcada num balão sem furado”

Ex-prefeito de Queimados, o deputado estadual Max Lemos sonha em governar Nova Iguaçu. Reside na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital fluminense, mas jura que mora na terra dos laranjais, como o território iguaçuano era conhecido antigamente. Porém, mesmo fazendo caminhadas como pré-candidato, ainda não tem domicílio eleitoral na cidade, e a razão de ele não ter transferido seu título de eleitor de Queimados para Nova Iguaçu, segundo gente que entende do riscado, está nas pesquisas para consumo interno, aquelas que os partidos usam para concluir se uma pré pode realmente ser chamada de candidatura no tempo certo.

A situação de Max Lemos – que tenta descolar sua imagem do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani e do ex-governador Sergio Cabral – é a mesma de outros nomes em cidades diferentes na região. “Os números das pesquisas classificadas de uso interno por seus números não poderem ser divulgados pelo fato de não serem registradas na Justiça Eleitoral, são muito importantes para uma tomada de decisão, mas também podem ser usados de forma errada, inclusive com manipulação de dados para convencer futuros apoiadores. No caso específico de Max ele dizia que em setembro faria uma dessas pesquisas e só assim decidiria pela transferência de domicílio. A tal consulta ele já fez, mas recentemente teria confidenciado a figurões do MDB que só se decidirá em janeiro, depois de uma nova pesquisa”, diz um influente político da região.

Enquanto Max fica de olho em Nova Iguaçu, tem gente avançando por Queimados, município que pelo menos até as eleições de 2018 era confundido como quintal de Lemos e da família Picciani, o que o resultado das urnas tratou de desmentir. Por lá, parece que as pesquisas de consumo interno mostram novidades animadoras aos concorrentes, pois já tem adversário do atual governo e do próprio Max sendo abanado por um leque de apoiadores classificados como de alto nível.

Sem rumo – Se os números internos preocupam alguns medalhões, causam efeitos ainda maiores nos chamados “filhos da nova política”. Em Mesquita, Duque de Caxias, São João de Meriti e até mesmo Nova Iguaçu, a turma dos que costumam posar de cara feia para fotos e fazer arminhas com mãos, está num silêncio profundo, mas mesmo calada confessa não ser nada, politicamente falando, sem a figura do presidente Jair Bolsonaro.

Quem há até poucos dias vinha brigando pelo controle dos diretórios do PSL parece agora perdido, pois a turma depende da direção do vento bolsonarista para definir seu rumo, coisa da qual os políticos chamados de “eles” pelos do “nós” não precisam se preocupar, pois já tem nomes para chamarem de seus.

“Em Mesquita o PSL tinha um pré-candidato ensaiando desde o início do ano. Hoje ele não fala mais no assunto. Em Caxias tem o deputado Marcelo do Seu Dino, mas este também precisa da bússola bolsonarista para encontrar o rumo, o que acaba favorecendo o grupo do MDB que governa a cidade”, completa o político influente, classificando o pessoal da arminha como “passageiros em um balão sem furado”.

Comentários:

  1. A política de ambição acaba confundindo a população. Qual o interesse do Max LEMOS governar Nova Iguaçu? É por amor ,ou quer gerir um orçamento recheado de recursos.

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