Família Padilha ‘assombra’ Quintal em Pádua

Grupo que ficou quase 30 anos no poder é esperado na disputa desde ano, ainda que indiretamente

Tem gente na cidade torcendo para o ex-prefeito José Renato Padilha apoiar um nome novo

Quando, no dia 7 de outubro de 2012 o então prefeito José Renato Padilha foi derrotado nas urnas por Josias Quintal, boa parte dos que militam na política de Santo Antonio de Pádua, cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, passou apostar no fim do clã que governou no município por cerca de 30 anos. Quintal, eleito para o primeiro mandato 56,85% dos votos apurados naquele ano, viu sua votação despencar para 37,23% em 2016, conseguindo uma vitória apertada sobre um cantor sertanejo, o ex-vereador Jadir Pereira de Barros Junior, conhecido na região como Jadir Junior, que ficou com 33,92% dos votos.  Agora, passados quase oito anos desde a derrota de José Renato, o que se comenta na cidade é que, pendências judiciais a parte, os Padilha não estão acabados politicamente e podem surpreender no pleito deste ano, ainda que indiretamente.

Hoje aliados dos Padilha defendem uma aliança em apoio a um nome novo caso nenhum membro da família esteja apto à disputa. Quem acompanha mais de perto a política paduana vê um Josias Quintal desgastado, frágil, sem cacife suficiente para bancar um sucessor, pensamento que afeta até gente do próprio grupo atualmente no poder. “No auge, em 2016, ele (Josias), quase perdeu a cadeira. Hoje a situação parece mais complicada ainda”, avalia um deles.

A primeira tentativa de Josias Quintal contra a família Padilha nas urnas  ocorreu em 2008, quando ele foi o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Maria Dib, que ficou em segundo lugar. Quem ganhou a disputa no voto e na Justiça foi José Renato, que chegou a ter o registro cassado em primeira instância porque o então candidato a vice, José Rodrigues Fernandes Filho, o Zequinha Pimentão, foi impugnado, o que obrigou Padilha a buscar um outro companheiro de chapa. Como a troca foi considerada feita fora do prazo, cogitou-se a realização de nova eleição, mas a decisão de primeira instância foi revertida em dezembro daquele ano, com o Tribunal Regional Eleitoral concluindo que o vice foi substituído dentro do prazo legal.

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