● Elizeu Pires
O empresário Roberto Pinto dos Santos preso na última quinta-feira (12), na Operação Teatro Invisível realizada pela Polícia Federal para desmontar um grupo que operava com a propagação de notícias falsas para tentar influenciar no resultado das eleições municipais, além de dono de uma gráfica com serviços prestados a vários políticos – inclusive nas eleições municipais de 2024 – também era conhecido como marqueteiro. Foi como tal que ele surgiu em Mangaratiba em 2012, quando Evandro Capixaba (foto) foi reeleito com 94,07%, depois de uma gestão de pouco mais de um ano, resultante de um pleito suplementar realizado em fevereiro de 2011.
Roberto entrou na Prefeitura com Capixaba e saiu preso com ele em abril de 2015. Era secretário de Comunicação quando estourou o escândalo das fraudes em licitações desbaratas pelo Ministério Público durante um ano de investigações. No âmbito da investigação foram condenados o então prefeito e mais 42 pessoas, entre elas Roberto, apontado agora como um dos cabeças de um esquema que, segundo a Polícia Federal, funcionava a partir da contratação de pessoas com o objetivo de influenciar no processo eleitoral de diversos municípios.
Pelo que foi apurado, os contratados, após receberem as instruções dos coordenadores acerca da propagação de notícias falsas sobre um determinado candidato à Prefeitura, passavam a circular diariamente pelo município alvo, infiltrando-se em locais com aglomerações de pessoas como pontos de ônibus, padarias, filas de bancos, bares e mercados, difundindo aos eleitores falsas afirmações sobre um determinado postulante ao cargo de prefeito, no intuito de beneficiar o candidato para o qual o serviço criminoso fora contratado.
*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria
Matéria relacionada:
Ex-prefeito de Mangaratiba e mais 42 pessoas são condenadas por fraudes