● Elizeu Pires
Quem entra no que a Prefeitura de Guapimirim chama de Portal da Transparência buscando pelo contrato 84, firmado em 29 de novembro de 2022 entre a Secretaria de Saúde e a empresa Gaia Service, uma empresa de terceirização de mão de obra muito conhecida do Ministério Público, não o encontra. Mas ele existe. Tanto que já foram feitos dois termos aditivos para estendê-lo.
Também não é possível saber quantos funcionários a contratada – que foi representava no ato por Matheus Ramos Mendes, que em 2020 chegou a ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Favorito, junto com o empresário Mário Peixoto –, emprega nos serviços de limpeza e higienização do Hospital Municipal José Rabello de Mello, pelo valor anual de R$ 3.150 milhões.
Além da Gaia Service, a Prefeitura tem contratos com outras três empresas prestadoras desse tipo de serviço, mas nenhum deles revela a quantidade de trabalhadores em ação, muito menos quanto efetivamente recebem de salário no fim do mês.
Isso pode ser constatado nos contratos 35/22 (Vale Feliz Service), no valor R$ 4.113 milhões); 23/22 (Espaço Serviços), no total de R$ 4.660 milhões atualmente, e no contrato 45/24, firmado em maio entre a Goden Express e a Secretaria de Saúde, pelo total de R$ 7.105 milhões, por 12 meses de prestação dos serviços de recepção, vigilância e portaria.
O contrato da Espaço tem como objeto os serviços de limpeza, conservação e asseio, e foi firmado com a Secretaria Municipal de Educação, no valor inicial de R$ 4.086 milhões. Assinado no ano anterior, o contrato da Vale Feliz é com a Secretaria de Administração, e tem como objeto serviços de recepção, copeiragem e limpeza.
Considerando os valores definidos nos termos aditivos feitos em três deles, se executados integralmente os quatro contratos somam R$ 19.030.164,12.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Guapimirim
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