Saneamento transforma Mesquita e devolve vida aos rios

Foto: Divulgação/Águas do Rio

A cidade de Mesquita vive um momento de transformação ambiental com a implantação do sistema de Coleta em Tempo Seco (CTS). Esse modelo de esgotamento sanitário evita o lançamento irregular de poluentes nos rios Dona Eugênia e Sarapuí, direcionando-os para tratamento adequado. A ação da Águas do Rio representa um avanço no saneamento básico da Baixada Fluminense e um passo importante para a recuperação de corpos hídricos da região, promovendo mais saúde e qualidade de vida à população.

Moradora de Mesquita desde a infância, Jaqueline Gomes Gonzaga, de 45 anos, lembra bem do cenário que via todos os dias a caminho da escola.  “O Rio Sarapuí sempre foi muito poluído. Tinha muito lixo, além de animais mortos e um cheiro ruim que impregnava o bairro”, conta a cabeleireira, que hoje vive na Chatuba.

Ela, no entanto, pediu que a mudança venha acompanhada de conscientização. “Já vi sofá, geladeira e muito plástico sendo jogado no rio. Isso provoca enchentes e doenças. Não adianta a Águas do Rio fazer obra se a população não fizer a parte dela também”, reforça.

A iniciativa, que vai beneficiar 65 mil moradores, contemplou ainda a construção de duas grandes estações de bombeamento — conhecidas como elevatórias — nos bairros Chatuba e Edson Passos. Esses equipamentos são responsáveis por bombear o esgoto captado dos rios até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Sarapuí, em Belford Roxo, onde é tratado.

Em plena operação, o sistema tem capacidade de captar e tratar diariamente mais de 15 milhões de litros de esgoto, o equivalente a seis piscinas olímpicas. Essa intervenção integra o projeto macro da concessionária de levar saneamento básico a cidades do entorno da Baía de Guanabara e foi o primeiro desse modelo entregue pela concessionária fora da capital fluminense. “A implantação do Coletor em Tempo Seco em Mesquita marca o início de uma nova fase para a cidade e para o meio ambiente. Estamos devolvendo vida a esses rios, o que significa mais saúde, dignidade e qualidade de vida para milhares de famílias. Esse é o poder do saneamento: transformar realidades. Nosso compromisso é seguir ampliando esse impacto positivo por toda a Baixada Fluminense e demais regiões atendidas, com responsabilidade ambiental e um olhar para o futuro”, afirma Felipe Esteves, diretor executivo da Águas do Rio, que é uma empresa do grupo Aegea.

Nos próximos anos, os investimentos na ampliação dos Coletores em Tempo Seco somarão R$ 2,7 bilhões, com a implantação do sistema também nas cidades do Rio de Janeiro, Nilópolis, Belford Roxo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São Gonçalo e Itaboraí. Com isso, ao todo, cerca de 1,3 bilhão de litros de esgoto por dia deixarão de chegar à baía. Esse é um dos projetos que fazem parte do investimento total de R$ 19 bilhões que a Águas do Rio destinará ao saneamento em sua área de atuação até 2033, com impacto direto na qualidade de vida dos 10 milhões de moradores do estado.