● Elizeu Pires

Que Nilópolis – cidade com cerca de 160 mil habitantes e 132 mil eleitores, localizada na Baixada Fluminense – sempre foi vista como uma espécie de feudo por alguns membros da família David, todos na região parecem saber. O que até então se desconhecia é que o município teria ganho um novo “imperador” e que esse, em vez de usar a coroa apenas como alegoria de carnaval, estaria se achando com poderes também sobre a política local.
Alguém precisa dizer ao jovem Gabriel David, que Nilópolis é muito maior que a escola de samba de sua família, e que seus “poderes” como presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) não se aplicam ao município, e que fazer política não é a mesma coisa que organizar desfiles no Sambódromo.
O alerta, dizem os menos destemidos lá pelas bandas de Nilópolis, se faz necessário porque o jovem David estaria abanando o nome de João Felipe Drumond – neto do bicheiro Luizinho Drumond, vice-presidente executivo da Imperatriz Leopoldinense e diretor financeiro da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) –, para deputado estadual, uma candidatura que, se levada a efeito com sucesso, de nada serviria ao município, muito menos aos moradores da Baixada Fluminense.
Isso passou a ser visto como intromissão em uma área na qual o principezinho não teria nenhum desconhecimento. O que tem a acrescentar ao município alguém que poderá depender de um GPS para fazer campanha na cidade?