A fraude dos incompetentes

Fraudadores de Silva Jardim falsificaram carimbo de empresa, mas erraram no CNPJ 

A documentação em nome da empresa que edita o jornal Povo, do Rio de Janeiro, usada de maneira fraudulenta para dar cobertura em um processo licitatório da Prefeitura de Silva Jardim, além de um carimbo falsificado, inverteu o número do CNPJ. É isso que está no inquérito que investiga a licitação vencida pelo jornal Tribuna Carioca, contratado para veicular os atos oficiais do município. O veículo, criado logo após da eleição do prefeito Anderson Alexandre, segundo foi apurado pela promotoria, pertence, na verdade, a um dos coordenadores de campanha do prefeito, o ex-subsecretário de Comunicação, Ricardo Mariath, que está sendo investigado pela fraude.

No dia 15 de abril agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (Gaeco), em ação comandada o promotor Marcelo Arsênio, fizeram uma operação de busca e apreensão na Prefeitura de Silva Jardim. O alvo foi a subsecretaria de Comunicação Social, órgão ligado ao gabinete do prefeito Anderson Alexandre (PRB), por conta de supostas fraudes nas publicações dos atos administrativos, feitas, segundo foi apurado, em veículo privado, criado unicamente para esse fim.

A operação se deu a partir de um procedimento investigativo instaurado a partir de denúncia do vereador Robson Azeredo, dando de que o verdadeiro dono do jornal seria Ricardo Mariath, que foi nomeado no cargo de subsecretário de comunicação e teria fraudado a contratação da própria empresa. Ele foi exonerado do cargo no dia 24 de março, porque a operação do MP teria vazado e o prefeito resolvido se antecipar, mas o Ministério Público já recebeu informações de que, na verdade, ele nunca se afastou do governo e continuaria prestando assessoria ao governo, inclusive faturando com o mesmo contrato firmado na licitação apontada como fraudada.

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