
Um nem parlamentar era quando o projeto foi aprovado
Aprovada no dia 19 de junho de 2008, quando um deles nem deputado era, a Lei federal 11.705, que modificou o Código de Trânsito Brasileiro e acabou batizada de “Lei Seca”, virou embate de campanha no pleito deste ano. A “paternidade” da “criança” é atribuída equivocadamente ao deputado Hugo Leal (Pros), que, na verdade, segundo os registros da própria Câmara dos Deputados, foi o relator do projeto de lei que já chegou praticamente pronto à Casa Legislativa, bastando apenas ganhar corpo de lei e tramitar pelas comissões permanentes até ser levado ao plenário para ser aprovado.
A “apropriação indébita”, propriamente dita, incomoda bastante o depurado Carlos Alberto Lopes (PMN), que também tirou proveito da Lei Seca para disputar a eleição de 2010: se valendo do fato de ter coordenado as operações de fiscalização nas ruas do Rio, chegou a se apresentar aos eleitores como o “Dr. Lei Seca”.
Enquanto Hugo diz ser o autor, Carlos Alberto divulga que a implantou e a fez funcionar no estado do Rio de Janeiro. Em resposta a uma propaganda eleitoral que diz que “Hugo Leal é autor da Lei Seca, que já salvou milhares de pessoas no trânsito brasileiro. Além de proteger vidas, reduziu os gastos nos hospitais da rede pública”, Carlos Alberto bradou na internet: “É mentira; é apropriação indébita; é oportunismo político; é campanha eleitoreira; é o exercício de enganar os eleitores, com o objetivo de tirar dividendos políticos”.
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