Witzel pode entregar os anéis para não perder os dedos

Governador do Rio estaria disposto a apelar para distribuição de cargos para barrar cassação na Alerj

Witzel agora entende que precisa dialogar “com todo mundo”

Acuado por denúncias de corrupção envolvendo sua administração, o governador do Rio começou a semana tentando salvar a própria pele. Alvo de dois pedidos de impeachment já bem encaminhados na Assembleia Legislativa, Wilson Witzel deverá usar o Diário Oficial para tentar barrar os processos de cassação, mas já teria começado mal na escolha de um novo líder de governo, o deputado Rosenverg Reis, apontado como “fraquinho” por boa parte dos parlamentares, que também não querem o secretário Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, como interlocutor.

Na noite da última quita-feira (28) Witzel exonerou os secretários  André Moura (Casa Civil) e  Luis Cláudio Rodrigues de Carvalho (Fazenda). Ainda nesta segunda-feira ele pretende encontrar um novo chefe para a Polícia Civil e receber da Alerj a indicação de pelo menos dois nomes para compor o governo, mas, segundo uma fonte ligada ao parlamento estadual, o que interessaria mesmo seria o Detran, “de porteira fechada”.

Além de anunciar novos aliados e novos nomes para cargos nos primeiro e segundo escalões, Witzel deverá comunicar esta semana também a sua saída do Partido Social Cristão, legenda que tem como “dono” no Rio o pastor Everaldo Dias Pereira, que controlaria vários setores da administração estadual através de indicados.

Além de vagas no segundo escalão, entre as secretarias que o governador estaria disposto a entregar aos novos aliados estariam a de Esportes e a de Ciências e Tecnologia, comandadas hoje por Felipe Bornier e Leonardo Rodrigues.

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