Contrato suspeito teria sumido em Araruama

Prefeitura teria pago R$ 6 por frasco de soro que não custa mais que R$ 2

A operação realizada no dia 27 de janeiro deste ano pelo Ministério Público na Prefeitura de Araruama para apreender computadores e documentos referentes a compra de merenda escolar em processos administrativos supostamente fraudulentos e que acabou por deixar o prefeito Miguel Jeovani seis meses fora do cargo, pode ter sido usada pelo governo para se livrar de papeis indesejáveis, processos que poderiam causar problemas talvez ainda maiores para a administração municipal.

Pelo menos é essa a suspeita levantada por uma fonte ligada ao governo pelo fato de um processo referente a contratação da empresa Medicaf, para fornecer medicamentos para a Secretaria Municipal de Saúde não estar sendo encontrado na Prefeitura. Contratada por Miguel Jeovani, a Medicaf  foi substituída  pelo prefeito interino Anderson Moura e o fornecimento está sendo feito hoje por uma empresa que cobra preços até 40% inferiores aos praticados pela anterior, mas o valor total do contrato com a Medicaf é uma incógnita, não há nenhuma informação sobre ele no portal da Prefeitura e o assunto está sendo tratado como segredo de estado pela administração municipal, que não dá nenhuma informação sobre o caso.

“Esse contrato foi firmado logo no início da gestão de Miguel e o valor deve estar entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões. Não dá para afirmar ao certo, pois o processo administrativo em relação a ele teria desaparecido. O que se sabe é que pelo menos uma coisa de bom o vice-prefeito fez quando estava governando interinamente. Ele tirou a Medicaf usando ata do pregão para substituí-la e conseguiu reduzir o custo em até 40%. Nessa o município saiu ganhando, mas é preciso saber onde está o contrato anterior, porque o atual está correto”, completou a fonte.

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