Três vezes prefeito de um município com mais de 500 mil eleitores, já tendo sido chamado de “Rei da Baixada Fluminense”, região que chegou a ser batizada de Zitolandia, por causa de sua performance nas urnas nas eleições de 2000 – quando se reelegeu com mais de 80% dos votos e ainda elegeu um irmão e sua então esposa prefeitos de Belford Roxo e Magé, respectivamente -, Jose Camilo dos Santos, o Zito, em termos políticos, está respirando por aparelhos.
Rechaçado nas urnas em 2012 logo no primeiro turno, está vendo minguar seus votos e sua força eleitoral. A prova disso está no que as urnas lhe disseram este ano: foram apenas 24.491 votos para deputado estadual, 21.101 na cidade onde já foi majestade. Eleito graças ao desempenho do deputado Flavio Bolsonaro, o último coronel da política da Baixada Fluminense vai ter de repensar a carreira se quiser continuar na vida pública, pois as urnas lhe deram este ano mais um aviso de que as coisas mudaram bastante.
O declínio de Zito afetou diretamente a filha Andreia Almeida dos Santos, a Andreia Zito – que somou 34.288 votos, 21.775 em Duque de Caxias, ficando como primeira suplente do PSDB depois de três mandatos consecutivos – e feriu de morte Claisse Maria, eleita deputada estadual em 2010 graças ao último mandato de prefeito de Zito e agora somou pouco mais de sete mil voto.
Os números da votação do último domingo também não foram muito favoráveis ao atual prefeito. Alexandre Cardoso viu seu candidato a deputado estadual ser engolido pelos adversários e amargar uma oitava suplência. Cardoso apoiou o ex-vereador Ricardo Correa de Barros, o Ricardo da Karol, que teve pouco mais de nove mil votos em Duque de Caxias. Foi pela vontade de Alexandre que Ricardo deixou o PSB e embarcou no que para ele, em termos eleitorais, numa canoa furada. Ele entrou no PMDB com a promessa de que teria todo o apoio necessário em Caxias para se eleger e fortalecer posição com vista a disputa pela Prefeitura de Magé em 2016. O números mostram que o apadrinhado de Cardoso não conseguiu nem uma coisa nem outra: nove mil votos em um universo de mais de 500 mil eleitores é praticamente nada.
Esse tal de quociente eleitoral é uma aberração que permite aberrações como a eleição deste senhor.
Zito, assim como os Cozzolinos em Magé, representa o que de mais fétido há em nossa política.
Nossa Lei eleitoral tem de ser revisada urgentemente.
Não entendi o título, mas a informação é pertinente.
Meu camarada, o título sugere que a vitória de Zito não foi uma vitória para ser comemorada por ele. Entendeu agora?
Eita Antônio Paranhos, assim dá até saudades do Marizia e do O Observador.
A decadência de Zito é evidente. O cara não está respirando por aparelhos, Elizeu, já morreu politicamente falando.