Doações por livre e espontânea pressão

Anthony Garotinho parece estar vivendo o seu inferno astral

Denúncia diz que ocupantes de cargos comissionados em campos eram pressionados a “doar” parte do salário para campanha eleitoral


Ainda atordoado com a derrota logo no primeiro turno em suas pretensões de governar o estado do Rio de Janeiro e já às voltas com vários processos na Justiça, o deputado Anthony Garotinho (PR) vai ter de explicar agora um suposto esquema de doações de recursos financeiros para a sua campanha eleitoral com a participação de ocupantes de cargos comissionados na Prefeitura de Campos, que teriam sido obrigados a “doar” parte do salário.  De acordo com a denúncia, que deverá ser encaminhada ao Ministério Público na próxima semana, alguns nomeados teriam doado até o salário de setembro inteiro e mais o de outubro, para fazer face as despesas, o que não será nada demais se ficar comprovados que as doações, se realmente aconteceram, tiverem acontecido de forma voluntária.

Cidade mais rica do Norte Fluminense, Campos tem como prefeita Rosinha Garotinho, que, na semana passada, junto com o marido, a filha Clarissa, além do subsecretário geral do município, Ângelo Rafael, foi denunciada por um outro esquema, este montado com empresas com contratos com a Prefeitura, segundo a denúncia, para beneficiar o PR e aliados.  Na mesma denúncia, apresentada à Justiça pelo Ministério Público Eleitoral, foram enquadrados o tesoureiro do PR, Carlos Carneiro Neto; o empresário Paulo Siqueira (dono da Edafo Construções); o presidente do Fundo de Desenvolvimento de Campos, Otávio Carvalho; e o funcionário terceirizado da Prefeitura de Campos, Sandro de Oliveira.

De acordo com o que foi apurado, um galpão da empresa Edafo – que tem contrato com a Prefeitura de Campos – foi usado nas eleições deste ano para armazenar material de propaganda e guardar carros à serviço da campanha. Esse galpão, está na representação da promotoria eleitoral, também foi usado nas eleições de 2012, quando Rosinha Garotinho foi reeleita para governar a cidade.

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