Vício do calote é mantido em Nova Iguaçu

Nelson Bornier está cometendo o mesmo erro de seus antecessores

Instituído no município de Nova Iguaçu a partir de janeiro de 2005, no início da gestão prefeito Lindberg Farias (PT) – que levou várias empresas à falência ao deixar de pagar por obras e serviços contratados – o calote oficial teve continuidade nos dois anos de mandato da prefeita Sheila Gama (PDT) e está sendo mantido pelo prefeito Nelson Bornier (PMDB), deixando ainda mais deficitárias firmas que prestaram serviços à Prefeitura, tiveram gastos para cumprir os contratos e hoje batem com a cara na porta quando vão cobrar o que a municipalidade lhes deve.

Os órgãos municipais “mais caloteiros”, de acordo com os credores, são a Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb) e a Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu (Codeni). Além de dívidas trabalhistas que podem passar de R$ 20 milhões, esses dois órgãos geridos pela Prefeitura não pagam as empresas que prestaram serviços nas gestões passadas, como se as dívidas fossem dos ex-prefeitos e não do município. Por conta disso, várias ações já foram impetradas na Justiça e outras estão sendo preparadas para os credores tentarem receber o que lhes é de direito.

“A Codeni me deve muito dinheiro e não estou encontrando outro jeito que não entrar na Justiça. Pode demorar dez anos, mas vou receber. Se não eu, meus filhos ou meus netos, mas a Prefeitura vai pagar. Já estive com o prefeito no ano passado e ele me disse claramente que não vai pagar. Só não quebrei porque minha empresa é sólida e não depende de contratos públicos para sobreviver”, diz um tradicional empresário de Nova Iguaçu.

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