E a culpa agora é da queda dos royalties

O dinheiro dos royalties sempre bancou tudo em Rio das Ostras, Inclusive essa homenagem prestada por Sabino, em seu segundo mandato, a baleia Jubarte

Prefeitura de Rio das Ostras decide adiar ações por conta da queda de receita, o que não teve alterar muito as coisas no município, que praticamente tem apenas uma secretaria funcionando

Há dois anos esperando para descobrir a que veio o prefeito Alcebíades Sabino (PSC), os moradores de Rio das Ostras, na Região dos Lagos fluminenses, vão ter de aguardar mais um pouco, pelo menos até que o preço do barril de petróleo cru volte a subir no mercado externo. É que o prefeito, que passou os dois primeiros anos desse terceiro mandato sem mostrar serviço, já anunciou que vai adiar investimentos em projetos de infraestrutura orçados, segundo ele, em mais de R$ 100 milhões, por não achar responsável iniciar uma obra sem receita para garantir o pagamento. Esse procedimento está correto dentro da visão de um quadro deficitário, mas o problema é que, de janeiro de 2013 a dezembro do ano passado, quando o município já vinha sofrendo perdas de até 20%, a Prefeitura de Rio das Ostras comprometeu mais de R$ 20 milhões dos repasses dos royalties do petróleo para pagar cachês de artistas e alugar estruturas para eventos, além de reajustar valores de contratos antigos.

Decidido a adiar obras de grande por porte, Sabino não fez, até agora, nenhuma redução nos contratos administrativos já firmados. Muito pelo contrário: vem prorrogando contratos antigos e realinhando preços, tenho reajustado alguns em até 20%. Só em dezembro foram prorrogados contratos no valor total de cerca de R$ 100 milhões, ao contrário do prefeito de Macaé, Aluizio dos Santos Junior (PV), que decidiu renegociar todos os contratos, para não ter que engavetar projetos.

Para algumas lideranças comunitárias do município, antes de dizer que vai suspender a realização de obras, o prefeito de Rio das Ostras deveria primeiro abrir a caixa-preta em que estão guardados os números das finanças do município e deixar bem claro onde e em que está sendo gasto do dinheiro público, já que contratos firmados a parir de 2010 na gestão do prefeito Carlos Augusto Balthazar tem sido renovados e aditivados acima da inflação. 

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