Calote ameaça tratamento contra o câncer em Nova Iguaçu

Isac Salim luta pela vida e depende do tratamento ministrado no Instituto Oncológico

Governo não paga por serviços prestados e Instituto Oncológico pode suspender atendimento

Responsável pelo atendimento a cerca de 1,2 mil pacientes com câncer que precisam passar por sessões de quimio ou radioterapia, o Instituo Oncológico de Nova Iguaçu poderá ser obrigado a suspender o atendimento nos próximos dias se a Prefeitura e o governo estadual não pagarem logo o que devem à instituição, que está com todas as suas contas atrasadas e não tem mais como arcar com os compromissos. Nessa terça-feira um grupo de pacientes e funcionários promoveu uma manifestação para denunciar a situação, mas até o fechamento dessa matéria as secretarias municipal e estadual de Saúde não havia se manifestado sobre o assunto.

Embora o Ministério da Saúde faça os repasses regularmente para os municípios e governo do estado pagarem pelos serviços das clínicas e laboratórios conveniados, algumas dessas unidades instaladas na Baixada Fluminense não recebem das prefeituras há oito meses. A dívida com o Instituto Oncológico, de acordo com um representante da clínica, chega a R$ 3 milhões e o último pagamento por parte do governo estadual foi feito em dezembro.

Os problemas com a Prefeitura de Nova Iguaçu vem desde 2005. Em 2010 chegou a ser firmado um acordo para um pagamento de R$ 900 mil por parte da Prefeitura, mas os atrasos continuaram nos anos seguintes, com as dívidas se tornando uma bola de neve. Com 36 anos, Isac Salim depende do funcionamento do instituto para continuar lutando pela vida. “Sem o tratamento eu corro risco de morte”, afirmou

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