Enfermeiros e seguranças dão palavra final no Hospital da Posse

Therezinha Campos de Souza foi mandada de volta para casa sem atendimento, embora estivesse sentindo fortes dores e não reconhecendo nem a própria filha

Parentes da dona de casa Therezinha Campos de Souza, de 65 anos, registraram agora a pouco na 58ª Delegacia Policial, queixa por omissão de socorro contra o Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital da Posse, onde, no plantão desse domingo, quem estaria decidindo sobre quem recebe atendimento ou não é uma enfermeira e um segurança. De acordo com familiares de Therezinha, eles a levaram para o setor de emergência na manhã de hoje, pois ela estava sentido fortes dores e não reconhecia nem a própria filha, Bárbara Renata. Segundo a filha, sua mãe foi avaliada por uma enfermeira, que mandou que levassem Therezinha de volta para casa, pois ela não tinha problema algum. Renata contou ainda que ao questionar o diagnóstico, foi retirada com a mãe e outros parentes do setor de triagem.

Os familiares de Therezinha revelaram ainda que tentaram buscar ajuda junto aos assistentes sociais que trabalham no hospital, mas foram informados de que o setor não funciona nos finais de semana. Eles tentaram apelar para a Ouvidoria, mas essa também não estava funcionando. Barbara disse que chegou ao Hospital da Posse por volta das 10h e presenciou várias pessoas indo embora sem atendimento, pois a informação da enfermeira que os recebia era de que não havia médicos na unidade.

No hospital ninguém se pronunciou sobre o assunto, mas uma servidora informou agora a pouco que essa situação se repete todo final de semana. “Aos sábados e domingos só é atendido aqui quem chega gravemente ferido. Se não estiver sangrando é mandado de volta”, afirmou ela.

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