Servidores da Prefeitura de Casimiro de Abreu querem auditoria para apurar rombo na previdência municipal

Antonio Marcos era vereador na época e propôs uma CPI que apontou improbidade, mas o plenário da Casa reprovou o relatório

Uma semana após o procurador do município, Adonel Magalhães ter anunciado que irá questionar na Justiça os responsáveis pelo prejuízo de cerca de R$ 2,5 milhões causado por uma aplicação financeira aos cofres do Instituto de Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Casimiro de Abreu (IPREV-CA), funcionários revelam que pretendem solicitar uma auditoria nas contas do órgão referentes aos oito últimos anos, por acreditar que os danos financeiros podem ter sido muito maiores e podem afetar o futuro do funcionalismo municipal, que conta com o IPREV-CA para se aposentar.

 

Conforme o elizeupires.com já havia denunciado antes, numa decisão considerada de alto risco, em janeiro de 2004 a direção do instituto retirou R$ 2.314.370,51 do Banco do Brasil para aplicar no Banco Santos e o resultado foi um rombo nas finanças do instituto, pois o banco prejudicando todos os investidores, inclusive os servidores municipais de Casimiro de Abreu. Aplicação financeira aconteceu na primeira gestão do prefeito Paulo Dames, que apesar da aplicação ter sido considerada de “alto risco”, manteve Rita de Cássia Pereira Quintal como presidente do órgão e não tomou nenhuma providência para tentar reaver o dinheiro. Na época o prefeito mandou abrir um procedimento administrativo que concluiu que a presidente do instituto não cometeu erro algum.

Na época a Câmara Municipal instalou uma CPI para investigar o fato e apontou ter havido improbidade administrativa por parte da direção do IPREV-CA. O relatório foi encaminhado ao Ministério Público, que instaurou inquérito, mas nada de concreto aconteceu. Ninguém foi responsabilizado até hoje. Durante as investigações Rita de Cássia recorreu à Justiça para tentar impedir os trabalhos da CPI. Ela impetrou um mandado de segurança no dia 1º de agosto de 2005, alegando que estava “na iminência de ver sua imagem e conceito perante a sociedade em risco”.

“Aconteceu essa aplicação financeira desastrosa e nada ficou esclarecido. Depois veio aquele caso do funcionário aposentado que teve quase R$ 900 mil movimentados com seu nome e CPF, o que gerou problemas para ele na Receita Federal. É bom lembrar também que os membros do Conselho Fiscal chegaram a renunciar aos mandatos coletivamente porque estavam com dificuldades para exercerem a fiscalização que deveriam fazer”, disse um servidor aposentado.

 

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