Palavras de um débil mental

     “Dois grupos vão para as ruas hoje nesta manifestação: um grupo de alienados que não aceita que perdeu a eleição e outro financiado por forças do imperialismo. Estão loucos para tomar conta do nosso petróleo”. A afirmação é do ex-guerrilheiro Acilino Ribeiro, subsecretário de Movimentos Sociais e Participação Popular, ferrenho defensor do desastrado jeito petista de governar. Ele disse isso em entrevista publicada ontem pelo Correio Braziliense, usando termos tão velhos e lugares-comuns como o naftalinizado “imperialismo americano”. Para ele, quem vai às ruas para gritar contra a roubalheira e o descaramento da dupla Lula & Dilma, é alienado ou está a serviço do arrogante governo norte-americano. O engraçado é que ele ataca quem protesta democraticamente, mas defende os baderneiros: é o advogado que conseguiu livrar aquele grupo de blacks blocks processado pelo quebra-quebra na Praça dos Três Poderes durante os protestos de 2013.

      Aliás,  Acilino se diz especialista em combater o tal “imperialismo americano” e se comporta como os que vêem fantasmas ao meio dia e conspiração em tudo que bate de frente com Lula, Dilma, o PT e seus iguais. Na ditadura militar ele foi preso duas vezes. Exilado, recebeu treinamento na Rússia e na Líbia, trabalhou como segurança pessoal do ditador Muamar Kadafi, o sanguinário líder que acabou justiçado pelo povo e é chegado a governos ditatoriais como os de Cuba e Venezuela. Para ele liberdade de expressão só para os que chamam de “coxinhas” os que usam roupas limpas, perfumes e conseguem pronunciar uma frase corretamente.

      O tempo passou, o mundo girou, a Lusitana rodou e Acilino não evoluiu: continua vendo em tudo a ameaça do “imperialismo americano” em cada esquina e agora percebe um risco maior: estão de olho no petróleo brasileiro, na Petrobrás e por isso esse imperialismo financia protestos contra o PT e a corrupção no Brasil.

      Triste, né? Mas o pior é ver os jornalões abrindo espaço para doentes mentais como esse falarem besteiras.

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