O município, além de Duque de Caxias, Belford Roxo, Queimados e Nova Iguaçu estão nos primeiros lugares em números de casos da doença no estado do Rio de Janeiro

Em pleno século 21 a hanseníase ainda é uma grande ameaça no Brasil, o segundo pais em número de casos da doença (o primeiro é a Índia), segundo dados da Organização Mundial de Saúde. No estado do Rio de Janeiro sete municípios, cindo deles localizados na Baixada Fluminense, estão na lista de prioridade do Ministério da Saúde para o combate, devido a alta incidência do mal. Em São João de Meriti, que divide com Queimados a primeira colocação em casos da hanseníase na região, as secretarias de Saúde e Educação estão promovendo uma campanha de busca ativa de casos nas escolas municipais, examinando alunos na faixa dos 5 aos 14 anos. Vinte unidades de ensino fazem parte do projeto que deverá ser desenvolvido em toda a Baixada.

Artur Custódio, coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), a situação do Brasil é alarmante porque há muitos registros da doença em crianças e adolescentes com menos de 15 anos, chegando a 1.936 novos casos em 2012. Ele enfatiza ser raro detectar a doença em criança e quando se constata um caso significa um adulto na família sem tratamento. O número registrado em 2012, enfatiza ele, equivale a mais criança doente do que todas as crianças acometidas de hanseníase somadas da América, África e Europa.

Além dos municípios de São João de Meriti, Duque de Caxias, Belford Roxo, Queimados e Nova Iguaçu, estão na lista de prioridade para o combate à hanseníase São Gonçalo e a própria capital fluminense.