Bornier quer cobrar por atendimento no Hospital da Posse

O prefeito Nelson Bornier disse que vai mandar a fatura

O prefeito de Nova Iguaçu diz que vai mandar fatura paras as prefeituras da região pagarem

O Hospital Geral de Nova Iguaçu, mais conhecido como Hospital da Posse, construído na cidade pelo governo federal e mantido com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), é uma unidade para atendimento regional, mas parece que o prefeito Nelson Bornier não sabe disso. Pelo menos é o que sugere a medida por ele anunciada, dando conta de que a Prefeitura de Nova Iguaçu vai cobrar das cidades de origem dos pacientes os procedimentos realizados. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 40% das pessoas que procuram o hospital são de outros municípios da Baixada Fluminense. “Depois reclamam da superlotação e mal atendimento na emergência da hospital”, argumenta o prefeito.

A alegação de Bornier é de que não é justo usar o dinheiro do contribuinte local para bancar o atendimento médico a moradores de outras cidades. Entretanto o SUS é nacional e os recursos que cobrem as despesas são gerados pelo dinheiro que sai do bolso de todos os brasileiros e não apenas da população de Nova Iguaçu, que, em boa parte, também usa hospitais da capital fluminense e atém mesmo unidades da mesma região, como o Hospital Adão Pereira Nunes (Hospital de Saracuruna), em Duque de Caxias e o de Nilópolis. “Vamos emitir nota fiscal, fatura, promissória, seja lá o que for, para as prefeituras. Só não posso usar o imposto do povo de Nova Iguaçu para atender a pacientes, inclusive com problemas de saúde de média e alta complexidade, de outras cidades”, diz Nelson Bornier, explicando que a intenção é chamar a atenção do governo federal para o Hospital da Posse, que estaria recebendo apenas R$ 9 milhões. De acordo com dados do governo federal, em 2014 o setor de saúde de Nova Iguaçu recebeu repasses totais de mais de R$ 244 milhões e este ano, até o dia 31 de julho, o volume de dinheiro destinado somou R$ 135 milhões.

A ideia de cobrar das prefeituras pelo atendimento no Hospital da Posse foi anunciada junto com uma série de medidas que começaram a ser adotadas para reduzir os custos da máquina administrativa, que entram em vigor no dia 1º de setembro. O secretários e demais ocupantes de cargos comissionados tiveram os salários reduzidos entre 15% e 30%, os contratos de prestação de serviços serão cortados em 10%%  e os contratos de locação de imóveis que tiverem sido reajustados antes de 15 de agosto do ano passado terão redução de 5% e os reajustados depois dessa data terão os valores reduzidos em 10%. A redução dos salários terá validade mínima de dez meses e atinge também Bornier e a vice-prefeita Daniele Guimarães, que a partir de setembro receberão menos 30% nos contracheques. O salário do prefeito cai de R$ 19.2 mil R$ 13,4 mil e do da vice de R$ 12.480 para R$ 8.73 mil.

 

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Comentários:

  1. Já pensou se o Eduardo Paes resolver cobrar pelos pacientes de Nova Iguaçu atendidos nos hospitais municipais do Rio? Nova Iguaçu ia quebrar. Acorda para a vida, Bornier.

  2. Nossa saúde está uma porcaria, a Prefeitura torra milhões em propaganda para dizer que está tudo bem e a culpa é dos outros municípios. Tá certo, Bornier.

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