Rio das Ostras gasta quase dez vezes mais com ‘escola de lata’

O prefeito Alcebíades Sabno não cumpriu a promessa de acabar com as “escolas de lata” como aumentou os gastos com o aluguel de contêineres

Em 2012 a Prefeitura gastou R$ 176 mil com o aluguel de contêineres para improvisar salas de aula. Ainda faltam quatro meses para 2015 terminar e a locadora dos módulos já recebeu este ano R$ 1,6 milhão

Foi no primeiro mandato do prefeito Carlos Augusto Balthazar que a Novo Horizonte de Jacarepaguá Importação e Exportação começou a operar no município de Rio das Ostras, alugando contêineres para serem usados como salas de aula, mas é na atual gestão que a empresa está vivendo seus melhores momentos na cidade. De acordo com os registros contábeis da administração municipal, até o dia 31 de agosto a Novo Horizonte já havia recebido R$ 1.623.619,47 de um empenho global fixado em R$ 3.917.241,57 para o exercício de 2015 e os pagamentos feitos este ano somam quase dez vezes mais o que a Prefeitura gastou em 2012 com o mesmo serviço. Naquele ano a Novo Horizonte recebeu dos cofres municipais R$ 176.501,87.

Ainda de acordo com a contabilidade da Prefeitura, o município gastou com a locação de contêineres R$ 411.730,76 no exercício do ano passado e mais que o dobro no ano anterior: em 2013 foram gastos R$ 928.188,01 de um empenho total de R$ 1.393.794,76. Os registros apontam ainda que a locação dos módulos custou R$ 149.012,08 em 2011.

Desconfortáveis para alunos e professores, as “salas modulares”, nome bonito dado aos contêineres, foram muito criticadas pelo prefeito Alcebíades Sabino dos Santos durante a campanha eleitoral de 2012, quando ele prometeu acabar com as “escolas de lata”. Porém, passados mais de dois anos e meio desde a sua posse, constata-se que além de não cumprir a promessa, ele aumentou os gastos com o aluguel das estruturas em quase dez vezes.

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