Tanguá, capital Itaboraí

Valber vem desagradando em Tanguá

Ex-distrito é tratado como “filial” para empregar privilegiados da “matriz”

Instalado no dia 1º de janeiro de 1997, com a posse do prefeito Jailson Cardoso (eleito pelo PL, legenda que acabou ocupando todas as nove vagas da Câmara de Vereadores), o município de Tanguá vai completar 20 anos de emancipação no dia 15 de novembro, mas os moradores não veem motivos para comemorar. Alguns se queixam de que a emancipação não aconteceu de fato para eles, pois, entendem, “a cidade continua sendo tratada como distrito de Itaboraí”, pelo menos quando se trata da distribuição de cargos comissionados e da contratação indireta de mão de obra através de uma cooperativa.

Segundo alguns moradores, quem manda no município é o secretário de Governo, Felipe Monteiro, para quem o prefeito Valber Luiz Marcelo de Carvalho (PTB), estaria batendo cabeça. Na semana passada, por exemplo, um ato da administração municipal assinado no dia 11 de maio pelo prefeito e só observado agora, revoltou a muitos na cidade: um servidor efetivo da Prefeitura de Itaboraí foi exonerado do cargo de confiança que ocupava na Secretaria de Saúde de Tanguá e indicou uma sobrinha para substituí-lo, como se a função fosse uma herança de família. Trata-se de Marcos Antonio Roca Campos, que ocupava o cargo de diretor do Departamento de Programas e Projetos de Saúde. Ele foi exonerado através da Portaria 091 e no mesmo dia o prefeito nomeou para exercer a função Raquel Roca Campos da Silva (Portaria 092), sobrinha de Marcos Antonio.

Além de privilegiar moradores de Itaboraí, segundo os questionamentos, as nomeações e contratações indiretas estariam sendo marcadas por negociações com vereadores da base de sustentação do prefeito e haveria até quem efetivamente não trabalha. Para os membros da base do governo teriam sido distribuídos cargos através da Coopsege, cooperativa que fornece mão de obra para várias secretarias, inclusive a de Governo, que até o dia 15 deste mês teve dois empenhos em favor da Coopsege, um de R$ 464.814,95 e outro no valor de R$ 185.925,98. Ao todo, para cobrir as despesas com mão de obra terceirizada através dessa cooperativas foram comprometidos este ano mais de R$ 3,3 milhões.

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