Japeri vai transformar lixo em energia…

D’Artagnan Baptista se reuniu hoje na Prefeitura para alinhavar a instalação das empresas no município

… para abastecer empresas que estão chegando e as escolas municipais

O lixo doméstico coletado todos os dias em Japerí através de um serviço que onera bastante os cofres da municipalidade, pode passar a dar lucro em um futuro não muito distante. Esse é o objetivo de uma parceria entre a Prefeitura, o Consulado da República da Guiné no Brasil e um grupo de empresas da Europa, cuja instalação no município está sendo intermediada pelo cônsul D’Artagnan Baptista Guimarães, que nessa quinta-feira visitou a cidade pela segunda vez. A proposta principal é a implantação de um polo de depósito e acondicionamento para a indústria frigorífica numa Zona de Apoio Logístico (ZAL), que vai gerar emprego e renda no município.

Em sua primeira estada D’Artagnan Baptista Guimarães apresentou o projeto para instalação das indústrias e propôs que seu país seja o principal comprador dos produtos que estarão armazenados no polo. “Desta vez o encontro serviu para discutir os últimos detalhes com o cônsul, pois é ele quem vai trazer os empresários para nossa cidade”, afirma Adilson Teixeira, subsecretário de Indústria e Comércio.

Se a economia do município será aquecida, o meio ambiente será aliviado, pois uma das contrapartidas definidas na parceria é a construção, na área da ZAL, de uma usina que vai gerar energia suficiente para abastecer o polo utilizando o lixo como matéria prima. “Esta energia vai abastecer as câmaras frigoríficas e também os aparelhos públicos de Japeri, como as escolas, por exemplo. Isso vai diminuir em até 50% a despesa do município com eletricidade. O lixo ganhará o melhor destino possível, se transformando em valor agregado para a cidade”, completa Adilson, explicando que os catadores também serão beneficiados.

Um terceiro encontro vai acontecer em outubro, já com os representantes das empresas europeias interessadas em se instalar na Zona de Apoio Logístico. A expectativa é de que a usina comece a funcionar no primeiro semestre de 2016. “A cooperativa dos catadores enfrenta grande dificuldade desde a extinção do antigo lixão e a usina vai ter contrato direto com eles, fomentando ainda mais esse importante trabalho, aumentando o número de catadores e gerando renda”, finalizou Teixeira.

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.