
Meta é tratar 90% do esgoto produzido no município. Investimento privado será de R$ 245 milhões
Em oito anos 90% do esgoto sanitário produzido em São João de Meriti estará recebendo o tratamento adequado, contribuindo para melhor qualidade de vida da população e com a despoluição dos rios Sarapuí e Meriti, que atualmente recebem o esgoto in natura e deságuam na Baía de Guanabara. Essa é a proposta da Concessionária Águas de Meriti, criada em consórcio pela Aegea Saneamento e a Companhia Nacional de Saneamento (Conasa). Ao todo serão investidos R$ 245 milhões, sendo R$ 35 milhões no primeiro ano, com execução de obras de ampliação da rede e em melhorias no atendimento ao consumidor. “Já está sendo realizado o levantamento técnico cadastral de toda a rede de água e esgoto do município para saber o que pode ser reaproveitado e o que precisará ser construído”, disse Justino Brunelli, diretor executivo do consórcio.
Segundo o prefeito Sandro Matos, com a implantação do sistema de saneamento básico, São João de Meriti será o primeiro município da Baixada Fluminense a contribuir, efetivamente, para a limpeza da Baía da Guanabara, aumentando substancialmente do tratamento do esgoto na cidade. Matos destaca o apoio recebido do governo estadual e parceria da Cedae para tornar o empreendimento possível. “Eu agradeço ao governador Luiz Fernando Pezão pela atenção dada e ao comprometimento em viabilizar o esgotamento sanitário na Baixada Fluminense. Também agradeço à Cedae que já está conversando com a Águas de Meriti para elas realizarem juntas todas as obras necessárias para solucionar o problema de saneamento no município. Pela estrutura apresentada e pelo investimento da empresa em funcionários, eu tenho certeza que a população de São João de Meriti será muito bem atendida pela Águas de Meriti. A história da cidade será dividida em antes e depois da inauguração da concessionária”, completou o prefeito.
A concessionária está atuando desde o mês passado, fazendo o recadastramento e o levantamento técnico nos bairros de Coelho da Rocha, Éden e Vilar dos Teles. A previsão da Águas de Meriti é de que as obras sejam iniciadas em 2016, beneficiando boa parte da população de São João de Meriti. Além da flagrante agressão ambiental, a falta do tratamento adequado é responsável atualmente pela morte de pelo menos 2,5 mil crianças todo ano no Brasil, atingindo de maneira preocupante municípios da Baixada Fluminense, nos quais as redes de coleta são precárias e ainda não existem estações de tratamento.
A Aegea começou a operar em 2010 e atualmente atua em 41 municípios de oito estados, gerenciando ativos de saneamento através de várias suas concessionárias. Já a Companhia Nacional de Saneamento é um agente privado no setor de infraestrutura, cujo controle acionário é do fundo de investimento Fip Infra-Saneamento, administrado pelo Banco Santander. A Conasa, atualmente, é responsável pelo sistema de coleta, tratamento e distribuição de água no município de Santo Antonio de Pádua, no Noroeste fluminense, além de atuar em cidades dos estados de São Paulo e Santa Catarina.